29/11/2019

Leitura Orientada



No enquadramento do projeto da Biblioteca Escolar, Ler+ para Celebrar a Diversidade, deu-se início no dia 25 de novembro às atividades de Leitura Orientada nas Escolas do 1º ciclo de Vila Nova de Anha  e de Mazarefes, destinadas aos alunos do 4º ano de escolaridade.  Esta prática consiste na aplicação de um Guião de Leitura Orientada elaborado em articulação com as docentes das turmas em questão. A obra escolhida para o primeiro período foi "A noite da Natal"de Sophia de Mello Breyner Andresen.






20/11/2019

Literacia 3Di



A LITERACIA 3Di - Campeonato Nacional de Literacia é uma iniciativa da responsabilidade da Porto Editora que consiste num desafio nacional dirigido aos alunos dos 2.º e 3.º ciclos do Ensino Básico de todo o país, envolvendo os respetivos professores e estabelecimentos de ensino, com o propósito de avaliarem as suas competências em quatro dimensões do saber: Matemática, Ciência, Leitura e Inglês
O Campeonato Nacional de Literacia decorre durante o ano letivo em três fases – local, distrital e nacional –, com base em provas interativas disponibilizadas através da plataforma online Escola Virtual.
Com esta iniciativa, a Porto Editora pretende contribuir para o desenvolvimento educativo, pessoal e social dos jovens.

Porque o nosso futuro coletivo constrói-se todos os dias, a Porto Editora acredita que este desafio pelo conhecimento beneficiará os nossos alunos, ajudando-os a consolidar as aprendizagens e a elevar os níveis de conhecimento num contexto similar ao das avaliações internacionais.

A primeira fase do Campeonato Nacional de Litercia 3Di decorre de 18 a 29 de novembro.
Na semana de 18 a 22, os alunos do 2º ciclo realizam a prova de Matemática e Ciências. 
Na semana de 25 a 29, os alunos do 3º ciclo prestam provas de leitura e Inglês.

Desejamos a todos boa sorte!

19/11/2019

Museu do Prado



Premium Museu do Prado: projeto de rainha portuguesa faz 200 anos

O Museu do Prado celebra nesta terça-feira 200 anos. As obras que ali estão refletem a história de Espanha, considera o artista Eugenio Ampudia. O projeto foi impulsionado pela mulher do rei espanhol Fernando VII, a rainha portuguesa Maria Isabel de Bragança.



https://www.dn.pt/edicao-do-dia/19-nov-2019/museu-do-prado-projeto-de-rainha-portuguesa-faz-200-anos-11527002.html?target=conteudo_fechado



08/11/2019

Formação de Utilizadores



Os alunos das turmas C e D do 5º ano, assistiram a uma formação para aprenderem como se faz um trabalho de pesquisa utilizando o modelo Big 6.

07/11/2019

Centésimo aniversário do nascimento de Sophia de Mello Breyner Andresen



No dia 5 de novembro, estivemos a Ler a dobrar durante todo o dia com quem quis participar na nossa Oficina de Origami. Construímos pequenos barcos que pudessem navegar no mar de Sophia e que para o efeito levaram dentro de si o poema “Mar sonoro”.



Todos chegaram a bom porto, no dia do centésimo aniversário do nascimento da autora, dia 6 de novembro, logo ao primeiro tempo da manhã, quando alunos do 6ºA visitaram as turmas do 12º ano. Levaram-lhes a poesia de Sophia e também excertos da obra “A menina do mar”. Mais tarde, alunas do 8ºC levaram também a vida e obra de Sophia aos alunos do 2º ciclo.







Estas atividades foram realizadas em articulação entre a biblioteca escolar, as professoras Paula Mateus e Elisa Braga e o Clube Ecos da Humanidade.

06/11/2019

Centenário de Sophia



Biografia


Sophia de Mello Breyner Andersen nasceu a 6 de novembro de 1919 no Porto. Ela era filha de Joana Amélia de Mello Breyner e de João Henrique Andresen. Tem origem dinamarquesa pelo lado paterno. O seu avô, Jan Andresen, desembarcou um dia no Porto e nunca mais abandonou esta região, tendo o seu filho João Henrique, em 1895, comprado a Quinta do Campo Alegre, hoje Jardim Botânico do Porto. Como afirmou em entrevista, em 1993, essa quinta "foi um território fabuloso com uma grande e rica família servida por uma criadagem numerosa". A mãe, Maria Amélia de Mello Breyner, é filha de Tomás de Mello Breyner, conde de Mafra, médico e amigo do rei D. Carlos. Maria Amélia é também neta do capitalista Henrique Burnay, de uma família belga radicada em Portugal, e futuro conde de Burnay.
Iniciou os estudos no Colégio Sagrado Coração de Jesus, no número 1354 da Avenida da Boavista, onde entrou no primeiro ano de funcionamento da escola.
Criada na velha aristocracia portuguesa, educada nos valores tradicionais da moral cristã, foi dirigente de movimentos universitários católicos quando frequentava Filologia Clássica na Universidade de Lisboa (1936-1939) que nunca chegou a concluir. Colaborou na revista "Cadernos de Poesia", onde fez amizades com autores influentes e reconhecidos: Ruy Cinatti e Jorge de Sena. Veio a tornar-se uma das figuras mais representativas de uma atitude política liberal, apoiando o movimento monárquico e denunciando o regime salazarista e os seus seguidores. Ficou célebre como canção de intervenção dos Católicos Progressistas a sua "Cantata da Paz", também conhecida e chamada pelo seu refrão: "Vemos, Ouvimos e Lemos. Não podemos ignorar!"
Casou-se, em 1946, com o jornalista, político e advogado Francisco Sousa Tavares (divorciou-se em 1985) e foi mãe de cinco filhos: uma professora universitária de Letras, um jornalista e escritor de renome (Miguel Sousa Tavares), um pintor e ceramista e mais uma filha que é terapeuta ocupacional e herdou o nome da mãe. Os filhos motivaram-na a escrever contos infantis.
Em 1964 recebeu o Grande Prémio de Poesia pela Sociedade Portuguesa de Escritores pelo seu livro Livro sexto. Já depois da Revolução de 25 de Abril, foi eleita para a Assembleia Constituinte, em 1975, pelo círculo do Porto numa lista do Partido Socialista, enquanto o seu marido navegava rumo ao Partido Social Democrata.
Distinguiu-se também como contista (Contos Exemplares) e autora de livros infantis (A Menina do Mar, O Cavaleiro da Dinamarca, A Floresta, O Rapaz de Bronze, A Fada Oriana, etc.). Foi também tradutora de Dante Alighieri e de Shakespeare e membro da Academia das Ciências de Lisboa. Para além do Prémio Camões, foi agraciada com um Doutoramento Honoris Causa em 1998 pela Universidade de Aveiro e também foi distinguida com o Prémio Rainha Sofia, em 2003.
Sophia de Mello Breyner Andresen faleceu, aos 84 anos, no dia 2 de Julho de 2004, em Lisboa, no Hospital Pulido Valente. O seu corpo foi sepultado no Cemitério de Carnide. Em 20 de fevereiro de 2014, a Assembleia da República decidiu homenagear por unanimidade a poetisa com honras de Panteão. A cerimónia de trasladação teve lugar a 2 de julho de 2014.
Desde 2005, no Oceanário de Lisboa, os seus poemas com ligação forte ao Mar foram colocados para leitura permanente nas zonas de descanso da exposição, permitindo aos visitantes absorverem a força da sua escrita enquanto estão imersos numa visão de fundo do mar. 

Caracterização da obra


Da sua infância e juventude, a autora recorda sobretudo a importância das casas, lembrança que terá grande impacto na sua obra, ao descrever as casas e os objectos dentro delas, dos quais se lembra. Explica isso do seguinte modo: "Tenho muita memória visual e lembro-me sempre das casas, quarto por quarto, móvel por móvel e lembro-me de muitas casas que desapareceram da minha vida (…). Eu tento «representar», quer dizer, "voltar a tornar presentes» as coisas de que gostei e é isso o que se passa com as casas: quero que a memória delas não vá à deriva, não se perca".
Está presente em Sophia também uma ideia da poesia como valor transformador fundamental. A sua produção corresponde a ciclos específicos, com a culminação da actividade da escrita durante a noite: "não consigo escrever de manhã, (…) preciso daquela concentração especial que se vai criando pela noite fora.". A vivência nocturna da autora é sublinhada em vários poemas ("Noite", "O luar", "O jardim e a noite", "Noite de Abril", "Ó noite"). Aceitava a noção de poeta inspirado, afirmava que a sua poesia lhe acontecia, como a Fernando Pessoa: "Fernando Pessoa dizia: «Aconteceu-me um poema». A minha maneira de escrever fundamental é muito próxima deste «acontecer». (…) Encontrei a poesia antes de saber que havia literatura. Pensava mesmo que os poemas não eram escritos por ninguém, que existiam em si mesmos, por si mesmos, que eram como que um elemento do natural, que estavam suspensos imanentes (…). É difícil descrever o fazer de um poema. Há sempre uma parte que não consigo distinguir, uma parte que se passa na zona onde eu não vejo.". A sua própria vida e as suas próprias lembranças são uma inspiração para a autora, pois, como refere Dulce Maria Quintela, ela "fala de si, através da sua poesia".
Sophia de Mello Breyner Andresen fez-se poeta já na sua infância, quando, tendo apenas três anos, foi ensinada "A Nau Catrineta" pela sua ama Laura:
"Havia em minha casa uma criada, chamada Laura, de quem eu gostava muito. Era uma mulher jovem, loira, muito bonita. A Laura ensinou-me a "Nau Catrineta" porque havia um primo meu mais velho a quem tinham feito aprender um poema para dizer no Natal e ela não quis que eu ficasse atrás… Fui um fenómeno, a recitar a "Nau Catrineta", toda. Mas há mais encontros, encontros fundamentais com a poesia: a recitação da "Magnífica", nas noites de trovoada, por exemplo. Quando éramos um pouco mais velhos, tínhamos uma governanta que nessas noites queimava alecrim, acendia uma vela e rezava. Era um ambiente misto de religião e magia… E de certa forma nessas noites de temporal nasceram muitas coisas. Inclusivamente, uma certa preocupação social e humana ou a minha primeira consciência da dureza da vida dos outros, porque essa governanta dizia: «Agora andam os pescadores no mar, vamos rezar para que eles cheguem a terra» (…)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sophia_de_Mello_Breyner_Andresen



CELEBRAR 100 ANOS DE SOPHIA 


Se fosse viva, Sophia de Mello Breyner Andresen celebraria 100 anos. Por todo o país e além-fronteiras, Sophia vai ser celebrada e relembrada – a festa prolongou-se ao longo do ano de 2019.

Apesar de hoje a medicina possibilitar a alguns um centenário de vida, a poetisa não viveu para ver os seus 100 anos celebrados, tendo falecido em 2004 – mas nós sim.

“Há mulheres que trazem o mar nos olhos”


Nasceu a 6 de Novembro de 1919. Sophia de Mello Breyner Andresen tinha um amor inexplicável pelo mar e o dom da palavra decerto antes de sequer esboçar a primeira. É o vasto espólio de palavras, poemas e textos que são celebrados ao longo deste ano com festividades iniciadas no início do ano. Ainda há, no entanto, muito para ver até ao fim de 2019.

Segundo a Comissão das Comemorações do Centenário de Sophia de Mello Breyner Andresen, celebrar Sophia é “lembrá-la em comum”. Esta comissão está curiosamente sediada no Centro Nacional de Cultura, instituição que a poetisa e o marido, o jornalista Francisco Sousa Tavares assumiram funções de direção numa época em que a ditadura portuguesa dificultava uma cultura livre.

As celebrações, coordenadas e organizadas pela filha Maria Andresen, poeta e académica, irão estender-se para lá das fronteiras portuguesas mas não só: os eventos não se ficarão apenas pela escrita, sendo que outros tipos de arte irão integrar as celebrações. Dança, música, artes plásticas, cinema ou até teatro. Para além de Maria Andresen são também integrantes da comissão organizadora Federico BertolazziFernando Cabral MartinsGuilherme d’Oliveira Martins e José Manuel dos Santos.

O programa de festas conta ainda com um programa na Galeria da Biodiversidade no Centro Ciência Viva do Porto, antiga casa da família Andresen. Martim Sousa Tavares, o neto de Sophia, organizou este programa em paralelo que promete celebrar passado, presente e futuro. A figura central será sempre Sophia, mas com uma série de expressões artísticas inspiradas na autora ao longo dos anos.