Gonçalo M. Tavares, no livro já aqui referido, Viagem à Índia, Inês chama-se Mary e está apaixonada por Bloom e é assim descrita a sua morte:
116
Voltemos, porém, à minha família
onde as histórias de amor abundam.
Famosa entre nós ficou uma mulher,
de pais nada considerados pela parte pedante dos Bloom,
que foi muito e muito amada por mim.
Chamava-se Mary, foi assassinada.
(...)
118
Mary, além de tranquila, utilizava a memória,
não para recordar informações inúteis
mas para se recordar de mim quando estava longe;
Bloom, o homem que ela amava.
Mary era uma mulher linda, mas a visão engana,
parece eterna e não é.
E talvez eu exagere - quem sabe? -
e Mary não fosse tão extraordinária.
(...)
174
(...)
Eu amava uma mulher chamada Mary
- disse Bloom ao parisiense Jean M -
e o meu próprio pai mandou matá-la.
Eis a minha história. Síntese, síntese. E eis tudo.
não para recordar informações inúteis
mas para se recordar de mim quando estava longe;
Bloom, o homem que ela amava.
Mary era uma mulher linda, mas a visão engana,
parece eterna e não é.
E talvez eu exagere - quem sabe? -
e Mary não fosse tão extraordinária.
(...)
174
(...)
Eu amava uma mulher chamada Mary
- disse Bloom ao parisiense Jean M -
e o meu próprio pai mandou matá-la.
Eis a minha história. Síntese, síntese. E eis tudo.
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