04/08/2015

SATCHMO

  Mesmo quem não goste de jazz conhece ou já ouviu falar de Louis Armstrong. O seu sorriso rasgado, o seu ar de boa disposição são universalmente reconhecidos.

                           

  Trompetista e cantor, famoso pelos seus vocalizos de sons e sílabas -  scat singing - nasceu a 4 de agosto de 1901, em Nova Orleães, numa família muito pobre, neto de escravos, tendo de começar muito cedo a lutar por uma vida melhor. De entre os seus inúmeros trabalhos, foi fundamental o tempo em que trabalhou para uma família judia, os Karnofskys, que lhe permitiu aperceber-se que a segregação também se verificava entre brancos. A sua gratidão para com esta família, levou-o a usar uma estrela de David para o resto da sua vida.
  Muito cedo começou a interessar-se por música e a tocar em brass band. Joe King Oliver teve uma enorme influência em Armstrong, levando-o para a sua banda que atuava nos típicos barcos que navegavam no Mississipi.
  A carreira musical de Louis foi muito rica, com passagens por Chicago, até à Grande Depressão, Los Angeles e, a partir de 1943, Nova Iorque, para além de inúmeras atuações na Europa. Compartilhou o palco com os artistas mais famosos do seu tempo, como Bessie Smith, Ella Fitzgerald, Duke Ellington, Sidney Bechet, Bing Crosby, Barbara Streisand, ...
  Satchmo, Satch ou Pops eram outros dos nomes pelos quais era conhecido. Segundo algumas explicações, os dois primeiros devem-se ao facto de esconder dos mais velhos o dinheiro que recebia pelos seus espectáculos de rua, em criança, na boca, como se fosse num saco - satchel . Pops ser-lhe-ia atribuído por se esquecer, frequentemente, do nome das pessoas e tratá-las por pops.
  Alguns detractores acusam-no de nunca se envolver em campanhas sobre direitos cívicos. Manteve-se sempre afastado de conflitos, talvez por achar que, apesar de tudo, vivia num What a Wondedrful world, canção de 1968, que se tornou mais famosa com o filme Bom-dia Vietname.
 



  Por curiosidade, podemos ainda referir que esta canção foi apresentada a Tony Bennett, que ontem fez 89 anos, que a recusou, vindo a gravá-la mais tarde...
 Hello Dolly, mais tarde um filme onde Louis Armstrong interpreta a canção com Barbara Streisand, é outro dos hits,


assim comoo gospel When the saints go marching in


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