Quando não havia boletim meteorológico, muito menos Internet, em que o Borda dá água e o Seringador ainda não existiam, a sabedoria popular baseada em anos e anos de experiência ditava a altura das sementeiras, os cuidados a ter e o tempo que iria estar.
Essa sabedoria traduz-se nos provérbios que foram recolhidos por muitos e chegaram até nós em publicações como Rifoneiro Português, de Pedro Chaves.
A maior parte deles fazem previsões sobre meteorologia, avisando-nos que fevereiro é um mês de chuva:
Bons dias em Janeiro pagam-se em Fevereiro
Fevereiro afoga a mãe no ribeiroEm Fevereiro, frio ou quente, chova sempre
Em Fevereiro, cada sulco um regueiro
Água de Fevereiro mata o onzeneiro
sendo perigoso quando é um mês quente - Fevereiro quente, traz o diabo no ventre - o que nos faz lembrar o terramoto de 28 de fevereiro de 1969.
O sol de fevereiro é mesmo considerado perigoso para a saúde, não sendo conveniente apanhá-lo diretamente, pois Fevereiro matou a mãe ao soalheiro. Mas, apesar de Fevereiro coxo, em seus dias vinte e oito, é um mês de muito trabalho, depois da matança do porco, quando Em Fevereiro enche a velha o fumeiro.
Na alimentação, ficamos ainda a saber que A castanha e o besugo em Fevereiro não tem sumo.
Amanhã, não se esqueçam que o ideal era chover todo o dia, pois, segundo os antigos, A dois dias de Fevereiro, sobe ao outeiro: se a candelária chorar, está o Inverno a chegar; se a candelária sorrir, está o Inverno para vir.
A BE tem este e outros livros de provérbios para emprestar.
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