30/04/2014

FRASEANDO


   O 25 de Abril não libertou os corpos, senão formalmente, como não alargou o horizonte dos espíritos, senão teoricamente.

   ... o país não se desenvolveu realmente, durante estes anos de riqueza que nos foi oferecida de bandeja (claro, com contrapartidas destrutivas, se nada fosse feito. (...) Perdemos - estamos a perder - uma oportunidade única.

   Se o (actual) povo português fosse um povo de intensidades e não de sentimentos e de medo (...), há muito que teríamos saído do estado de iliteracia e de fragilidade económica em que vivemos. Em vez disso, sofremos de muitos defeitos próprios das sociedades do terceiro mundo: absentismo no trabalho, inércia, dificuldade na formação e na aprendizagem, lentidão, falta de competitividade. Como se tivéssemos sido atingidos por uma doença que nos deixa diminuídos, meios exangues, com um défice de força vital.

                   Portugal, hoje: o medo de existir, José Gil (2004)

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