GRAND TOUR

   Viajar sempre foi uma atividade do agrado de muitos, dos que podiam. Viajou-se, viaja-se, por questões religiosas - peregrinações à Terra Santa e a Santiago de Compostela - comerciais, culturais ou recreativas.

   A partir do século dos finais do século XVI, os jovens aristocratas iniciavam o grand tour

    Este era uma invenção... concebida com o intuito  de «ilustrar»  os filhos das família aristocráticas, (...) Numa altura em que as facilidades de transporte e de alojamento eram rudimentares, apenas a elite se podia dar a esse luxo. (,,,) o destino preferido sempre foi a Itália. (...) a viagem servia para «cultivar» os adolescentes: deles se esperava que meditassem sobre os heróis greco-romanos, que observassem os costumes pitorescos (,,,) Tudo isto, imaginava-se, transformaria os herdeiros da aristocracia e da alta burguesia inglesa em gentlemen. (...)

Rainha Vitória (1819-1901) Reinou 64 anos

   Na opinião da rainha Vitória, os príncipes, mesmo os nascidos em países civilizados, deveriam conhecer o mundo antes de se tornarem adultos. (...)
     Em 1850, a rainha Vitória já tentara convencer D. Maria II das vantagens de mandar os seus filhos mais velhas, D. Pedro e D. Luís, até Inglaterra.

D. Pedro (1837-1861)

D. Luís( 1838-1889)

        

  A 28 de Maio de 1854, com 16 anos, D. Pedro embarcava no vapor Mindelo. Além do irmão, a comitiva era composta pelo marechal-duque da Terceira, pelo visconde da Carreira (1), pelo mestre de Matemática, Filipe Folque, por D. Francisco de Mello (Ficalho), pelo barão de Sarmento e pelos seus criados particulares. 

                                      D. Pedro V, Maria Filomena Mónica

(i) Luís António de Abreu e Lima, nasceu em Viana do Castelo,  na Casa da Carreira, e morreu, em Lisboa, em 1871. Foi, também, 1º conde da Carreira.
(2) Francisco António de Jesus Maria Xavier de Sales de Mello Breyner, 2º conde de Mafra, bisavô de Sophia de Mello de Breyner Andresen.