02/06/2014

SEMANA DAS LÍNGUAS

   No início da SEMANA DAS LÍNGUAS, nada melhor do que começar com flores, plantas, a sua linguagem, a sua simbologia. 
  Alguns exemplos extraídos de O céu da memória, Fernando Catroga.
    O crisântemo, Chrysanthemum, cultivado na China desde há milhares de anos, também conhecido como a flor de ouro, simboliza a fertilidade e a longevidade.

crisântemo


   A fantástica camélia, Camellia, ou japoneira, como é conhecida em muitas regiões por ter sido trazida do Japão, com a sua multiplicidade de cores e de espécies, uma delas é a planta do chá, é um tributo ao reconhecimento, à saudade e à recordação. 


camélia
    A lealdade e a constância são os símbolos da perpétua, Gomphrena globosa, o que vem reforçar a ideia de que estas duas virtudes devem ser mesmo ... perpétuas.

 

perpétuas

  Quem não admira as singelíssimas violetas, violacae, que eram vendidas nas ruas das cidades, e que inspiraram poetas e realizadores de cinema. O seu símbolo só poderia ser a modéstia.





   A imponência de alguns cedros e o corte artístico de outros permitem-nos concluir que esta árvore é, na verdade, símbolo de de grandeza e de excelência.



cedro





  A coroa de louros, prémio máximo dos Jogos Olímpicos Gregos, é o símbolo do triunfo. Laurus nobilis, o seu nome em latim, vai originar palavras como laurear.


louro/loureiro
  A hera prende, enlaça, trepa, fortalece e cobre tudo. Que melhor planta para simbolizar a afeição durável?


hera
   A tília dava para um longo texto, uma vez que simboliza o amor conjugal. O seu cheiro inebria, a profusão das suas flores proporcionam uma imagem deliciosa. O seu chá acalma, mas tenhamos atenção - também propicia o sono...

tília
    Para além de outros atributos, principalmente culinários, a baunilha simboliza a virtude e a candura, bem presente nesta imagem da sua flor.
baunilha





2 comentários:

  1. A minha paixão pelas flores já vem de longe. Conhecer a sua simbologia ajuda-me no momento da conceção do ramo ou arranjo que pretendo realizar, tendo em conta a pessoa ou o evento.

    Júlia Bacelar

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  2. Ao ler os textos relativos à simbologia das flores recordei-me, de imediato, do Dia da Espiga, celebrado na semana passada, e coincidente com a quinta-feira da Ascensão, data móvel que segue o calendário litúrgico cristão e que assinala a ascensão de Jesus ao Céu, ao fim de quarenta dias. Noutros tempos, as pessoas abandonavam as suas obrigações diárias para apanhar a espiga e deslocavam-se às igrejas para participar nas cerimónias religiosas. O trabalho era quase proibido. Recordo uma expressão que a minha avó nos repetia “no Dia da Ascensão nem os passarinhos bolem nos ninhos”.
    Nesse dia colhia-se a espiga, um conjunto de plantas e flores com as quais se formava um ramo, que depois era guardado durante todo o ano para trazer saúde, alegria, sorte e abundância. As plantas utilizadas tinham uma simbologia própria: a espiga de trigo representava o pão, o malmequer o ouro e a prata, a papoila o amor e vida, a oliveira o azeite e a paz, a videira o vinho e a alegria e o alecrim a saúde e a força.
    Ainda hoje, em Alvarães, se celebra a solenidade da Hora, que é um canto tradicional resultante de uma mistura de português e latim, onde se entoam quadras seguidas de um Pai-Nosso, uma Ave-maria e uma Glória. Pétalas de flores são lançadas dentro da igreja, em cima dos presentes. Neste dia realizam-se ainda as rogações, orações que se fazem para que as sementeiras produzam abundantemente.

    Júlia Bacelar

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