13/07/2014

GARFO

  O hábito de comer com as mãos é bem antigo e foi seguido até há bem pouco tempo. Os talheres, tal como os conhecemos, são uma invenção recente e, nem sempre de uso individual. 
  A faca é o talher mais antigo que conhecemos, seguido pela colher e, apenas no século I, em 972, quando Teodora, de Bizâncio, casa com o veneziano Domenico Salvo e traz no seu enxoval um objeto com dois dentes e com o qual espeta os alimentos - um garfo de ouro de dois dentes. Como tudo o que era desconhecido, na época, é considerado uma heresia, também este garfo o é. Contudo, vai conseguindo impor-se, junto dos nobres. No século XVII, o Cardeal vai ditar a moda de que cada pessoa deverá ter o seu próprio talher, mudando os hábitos de etiqueta. (Esta personagem tem muito que se lhe diga - bordado, "eminência parda", Os três mosqueteiros, etc, etc.).
  Os talheres vão ocupando o seu espaço nas cortes europeias, mas, só no século XVIII se tornam vulgares no Norte da Europa, e um século depois, na América. Em Portugal, embora tenha sido usado, ocasionalmente, desde D. Manuel I, foi no reinado de D. Maria II que o príncipe consorte Fernando de Saxe-Coburgo convenceu a rainha a usar o garfo diariamente.
  O número de junho da National Geographic traz-nos duas páginas dedicadas ao garfo e alguns modelos menos usuais, de dois a cinco dentes. (Pode ser consultada na BE).


National  Geographic - 159, junho 2014







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