A cidade já está em perfeita ebulição. Respira-se festa por todos os lados. Já há ornamentações. Já há as bancadas para os desfiles. Já há as barracas de farturas.
Até quase o final, iremos dedicar-nos a Viana e às Festas da Agonia. Todas as fotografias, com a excepção da publicada acima, são de uma colecção particular
Começamos com um poema de António Manuel Couto Viana,
Postais de Viana!
Editou-os meu pai e meu avô,
Com a chancela do Bazar Couto Viana.
Cada um deles, que mundos viajou!
Monumentos, paisagens, trajos, feiras...
O encanto do que é novo, nobreza do que é velho,
São imagens verdadeiras
Em que a cidade se revê qual num espelho.
Selados e metidos no Correio,
Seguem em sacos num vagão:
Dão notícias felizes do passeio,
Causam invejas pela alegre digressão.
Recolhidos no álbum das lembranças
São serões de saudade para os familiares.
E, neles, as crianças
Sonham com outras terras, outros mares.
Postais de Viana, hoje vendidos
Nos alfarrabistas, por bom preço:
Vão ser, nestes meus versos, esquecidos.
Mas não merecem ser. Só eu é que mereço.
Postais de Viana
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