NIMRUD, IRAQUE, 2 de abril de 1950
(...)
A nossa Casa de Expedição é feita de tijolos de lama. (...) Portanto esta é a minha «casa« e a ideia é que, nela, eu possa ter privacidade total e dedicar-me seriamente ao trabalho de escrever.
Assim começa o Prólogo da Autobiografia de Agatha Christie. A escritora, nascida a 15 de setembro de 1890 e que morreu a 12 de janeiro de 1976, viveu no Iraque, com o segundo marido, o arqueólogo Max Mallowan. Viajou por lugares exóticos o que lhe permitiu escrever, entre outros romances policiais, O crime no Expresso do Oriente, A morte no Nilo, criar personagens excecionais, como o bon vivant, requintado e viajado, Hercule Poirot, ou a pacata Miss Marple.
Nas últimas páginas, também refere: Ainda não falei da nossa casa em Bagdade.
Esses tempos acabaram. Com tanto fanatismo, com tanta falta de liberdade e tanta intolerância, Agatha Christie já não viveria descansada no Iraque e noutros locais que tanto a encantaram e inspiraram. Que o diga Salman Rushdie e os jornalistas franceses.
Leiam os seus livros. A BE empresta.
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