Na continuação das atividades para este Mês da BE, apresentamos hoje a fábula que está na origem da expressão enfeitar-se com penas de pavão. E há tantos!!! (Já nos tínhamos debruçado sobre pavões, aqui.)
A versão de Curvo Semedo (1766-1838), um dos escritores da Nova Arecádia, fidalgo da Corte e tradutor de fábulas de La Fontaine, com o título A gralha entre os pavões, reza assim:
Pavão
que andava na muda,
sua
plumagem largou,
e
uma gralha presunçosa
com
ela o corpo adornou.
Entre um rancho de pavões
Atrevida se meteu,
Até que um dos camaradas
E impostora conheceu.
Passou
palra aos companheiros,
que
em cima dela saltaram,
e
não só o adorno alheio,
mas
o próprio lho tiraram.
Voltou
para as companheiras,
que,
do sucesso, informadas,
a
baniram do seu rancho
ao
som de mil apupadas.
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