17/10/2015

SER UM PAVÃO


 Na continuação das atividades para este Mês da BE, apresentamos hoje a fábula que está na origem da expressão enfeitar-se com penas de pavão. E há tantos!!! (Já nos tínhamos debruçado sobre pavões, aqui.)
  A versão de Curvo Semedo (1766-1838), um dos escritores da Nova Arecádia, fidalgo da Corte e tradutor de fábulas de La Fontaine, com o título A gralha entre os pavões, reza assim:

    Pavão que andava na muda,
    sua plumagem largou,
    e uma gralha presunçosa
    com ela o corpo adornou.

    Entre um rancho de pavões
    Atrevida se meteu,
    Até que um dos camaradas
    E impostora conheceu.

    Passou palra aos companheiros,
    que em cima dela saltaram,
    e não só o adorno alheio,
    mas o próprio lho tiraram.

    Voltou para as companheiras,
    que, do sucesso, informadas,
    a baniram do seu rancho
    ao som de mil apupadas.


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