16/11/2015

MAGIA?

  De novo, aparências. De século será? Será um mágico? Um ator?


 Cédric Villani é considerado um dos matemáticos mais brilhantes da sua geração. Conquistou em 2010 o maior prémio mundial na área da Matemática, a Medalha Fields, e é actualmente director do Institut Henri Poincaré, em Paris. A sua personalidade exuberante – ele próprio se auto-intitula «a Lady Gaga da Matemática» – e a originalidade dos meios através dos quais se propõe levar a Matemática a todos fizeram dele o protagonista central de livros, filmes, programas televisivos e até, recentemente, uma banda desenhada. 

  De uma entrevista ao Expresso, de 14 de novembro, retiramos estes excertos:

  É normal um mau aluno a matemática crescer e passar a gostar da disciplina.
  Sim. Recebo todos os dias e-mails de pessoas nessa situação. Quando eram mais novos não conseguiram interessar-se por matemáica, mas quando ficam mais velhos percebem que é uma parte importante do mundo cultural e tecnológico que está a mudar e a confundir o nosso, universo. E arrependem-se.
  Há esperança para essas pessoas?
 Para se tornarem matemáticos, realisticamente, é demasiado tarde, mesmo que existam algumas exceções de pessoas que o fizeram na idade adulta. Mas nunca é tarde para obtermos alguma cultura matemática e para nos informarmos sobre as relações da matemática com a história, com a cultura e com as grandes alterações em curso na nossa sociedade.
  (...)
  O que é que o fascina na matemática?
  O ser tão ricamente ligada a tudo, em qualquer lugar. Questões que surgem na geometria revelam estar relacionadas com a mecânica dos fluidos ou com a mecânica celeste da forma mais extraordinária. Tal como sucede com a fórmula de Euler, que é geralmente considerada a mais bela fórmula matemática: os cinco números - 1, 0, pi, e, i - que foram desenvolvidos em alturas diferentes e por pessoas diferentes, estão todos relacionados por uma única fórmula. Quem poderia imaginar uma coisa destas?
  (...)
  Não falta quem critique o facto de os miúdos serem obrigados a aprender coisas que não têm qualquer utilidade. Houve até um célebre artigo no "The New York Times" a atacar o estudo da álgebra...
  Estão completamente enganados. O que é importante não é o que aprendemos, mas que o aprendamos e que aprendamos a pensar.
 (...)
  Estamos a chegar ao fim do primeiro período de aulas em Portugal. Que mensagem tem para os alunos que estão às voltas com a matemática?
  No pain no gain. Sem trabalho não há resultados.

  (O sublinhado é da nossa responsabilidade.)

  Quem tiver curiosidade, este vídeo com uma intervenção de Villani, mas, infelizmente, sem legendas.


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