24/01/2016

BATATAS E O IMPERADOR

 Tudo o que nos rodeia tem uma origem, uma história. A batata não é exceção.


  Quem visita Sanssouci, no túmulo de Frederico II, O Grande, encontra batatas, em vez de flores. 

Maria Filomena Mónica, no seu último livro, A minha Europa, escreve sobre esta tradição, aliada à história da batata.


 O Imperador tivera consciência das possibilidades alimentares da batata, um tubérculo trazido da América do Sul para a Europa pelos espanhóis durante a segunda metade do século XVI. De início, os camponeses ofereceram resistência ao seu plantio. Quando, em 1774, o Imperador decretou que o povo a cultivasse, como forma de evitar as crises de subsistência, a cidade de Kolberg respondeu-lhe: «Estes produtos nem têm cheiro nem sabor, nem mesmo os cães as querem comer, de forma que não conseguimos ver o uso que eles possam retirar.» Frederico II não se ficou. Plantou uma importante quantidade de batata numa courela, colocando guardas à volta. Os camponeses concluíram que, se uma coisa estava protegida contra o roubo era boa pelo que, de noite, começaram a entrar na propriedade imperial a fim de roubar as batatas que acabariam por cultivar.

 Frederico II nasceu a 24 de janeiro de 1712.

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