12/11/2016

MASSACRE DE SANTA CRUZ

Passam hoje 25 anos sobre o massacre em Timor. Causou mais de 300 mortos. Para assinalar a data, centenas de timorenses participaram numa recriação do massacre no cemitério de Santa Cruz. Foi, também, inaugurada uma exposição de 32 imagens de cicatrizes, no corpo de 32 sobreviventes. A exposição chama-se "Fitar", o significado de cicatriz em tétum (língua nacional e uma das línguas oficiais de Timor-Leste). 
Numa época em que se pretendem apagar memórias, aqui fica o registo desta cicatriz dolorosa que contribuiu para abrir caminho à liberdade.
A 12 de novembro de 1991, o exército indonésio disparou indiscriminadamente sobre timorenses pró-independência, quando estes marchavam até ao cemitério, em protesto pelo assassinato, semanas antes, do ativista Sebastião Gomes. Max Stahl, um jornalista e documentalista britânico, encontrava-se no local, filmou os acontecimentos e, com a ajuda de Saskia Kouwenberg, conseguiu que as imagens saíssem do país. Como? Só agora Saskia aceitou contar a história que podem descobrir aqui. A divulgação do massacre pelas televisões de todo o mundo, voltou a colocar o caso de Timor nas agendas diplomáticas. A Indonésia foi obrigada a realizar um referendo na ex-colónia portuguesa que terminou com a vitória dos que defendiam a independência, declarada oficialmente em 2002.



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