04/03/2017

DEPOIS É A RITALINA, CLARO

Gostamos destas irritações de Paulo Guinote.

Já sei que isto é assunto delicado para muita gente e raramente escrevo sobre o tema sem levar na cabeça. Mas… que se lixe. Assisto, quase diariamente, à forma como uma mamã do século XXI encara a criação do seu filhinho querido, a quem nada é negado, nenhum horário é imposto, nenhuma patetice é assim considerada, seja qual for a hora, tudo sempre recebido com exaltados gritinhos de satisfação e demais excitações sem parar. O puto não tem culpa se ninguém lhe apresenta uma qualquer estrutura de tempo e acções, se pensa que tudo é possível, a qualquer hora e, mais importante, sempre recebido com a alegria de que assim é que deve ser, faça o que fizer, incluindo boladas pelas paredes a qualquer hora e demais correrias em sapateado. Gratificação imediata e multiplicada. E nem adianta dizer seja o que for. Quando a criança chocar de frente com qualquer tentativa para lhe apresentar um horário e tarefas para cumprir irá, quase por certo, birrar, espernear, reagir mal, desconcentrar-se ao primeiro estímulo e a mamã lá estará a dizer que é impossível porque ele é um anjo, um santo. O seu santinho. E a ter de haver solução, medica-se, que é mais fácil.

Já sei… estou a simplificar, a exagerar, a caricaturar. Olhem que não, olhem que não. Nem tudo se resolve com (auto) disciplina, mas alguma coisa se conseguirá. Não é preciso ofenderem-se e darem os sermões do costume sobre a minha profunda ignorância sobre estas matérias. Só que nem tudo são patologias… há casos em que o problema é mesmo outra coisa. Basta não se perceber quem é mais infantil numa casa. No mau sentido.



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