01/11/2017

Efemérides




O Dia de Todos os Santos é comemorado anualmente no dia 1 de novembro e honra todos os santos conhecidos e desconhecidos, mártires e cristãos heróicos celebrados ao longo do ano.
Neste dia é também celebrado (por antecipação) o dia dos Fiéis Defuntos, que se celebra a 2 de novembro.

Origem da data

A origem do dia remonta ao século II, quando os cristãos começaram a honrar os que tinham sido perseguidos e martirizados por causa da sua fé. Foi o Papa Gregório III que no século VIII dedicou uma capela em Roma a Todos os Santos e que ordenou que a data fosse celebrada a 1 de novembro.

Tradições do Dia de Todos os Santos

Este dia é dedicado a homenagear todos os que já partiram. Por norma, as famílias portuguesas enfeitam as campas dos seus familiares nos cemitérios e ao longo do dia 1 de novembro visitam os cemitérios para deixar ramos e velas nas campas. Antes da visita aos cemitérios realizam-se missas nas paróquias. Depois da missa realiza-se uma procissão até ao cemitério.
No dia 31 de outubro, véspera do dia de Todos os Santos, existe a crença de que as almas dos mortos descem à terra nos locais de nascimento. À noite festeja-se o Dia das Bruxas ou Halloween (nome pelo qual é conhecida a noite das bruxas a nível mundial).

Feriado de Todos os Santos

O Dia de Todos os Santos é um feriado nacional. Este dia deixou de ser um feriado nacional em 2013, mas o Governo retomou em 2016 o feriado do Dia de Todos os Santos, por acordo com Santa Sé.



Tradições portuguesas do Dia de Todos os Santos

Em Portugal, no Dia de Todos os Santos, era tradição , as crianças saírem à rua em pequenos grupos para pedir o “Pão por Deus” de porta em porta. Recitavam versos (“ Ó tia, dá Pão-por-Deus ? Se o não tem dê-lho Deus!” ou “ Ó tia ó tia, bolinhos bolinhos em louvor de todos os santinhos”) e recebiam como oferenda: pão, broas, bolos, romãs e frutos secos, nozes, amêndoas ou castanhas, que colocavam dentro dos seus sacos de pano confeccionados com retalhos de tecido.

Antigamente todas as pessoas iam pedir o “Pão por Deus” porque havia muita pobreza e havia mesmo necessidade de pedir.
Normalmente as pessoas punham as mesas com o que tinham em casa (comida e bebida) e, quando chegavam os pobres, entravam e comiam à vontade e à saída ainda lhes davam mais alguma coisa.

É também costume em algumas regiões, os padrinhos oferecerem um bolo, o Santoro.
Em algumas povoações da zona centro e estremadura chama-se a este dia o ‘Dia dos Bolinhos’ ou ‘Dia do Bolinho’. Os bolinhos típicos são especialmente confecionados para este dia, sendo à base de farinha e erva doce com mel (noutros locais leva batata doce e abóbora) e frutos secos como passas e nozes. Nos Açores era costume colocar o primeiro pão da fornada à porta para quem passa-se e tivesse fome levar.

Em 1756, também se cumpriu esta tradição, 1 ano após o terremoto que destruiu Lisboa em 1º de Novembro de 1755 em que morreram milhares de pessoas e a população da cidade – na sua maioria pobre – ainda mais pobre ficou. A progressiva implementação do Halloween em Portugal é uma ameaça à continuidade do “Pão-por-Deus” pois vem substituir as tradicionais manifestações das tradições portuguesas que importa preservar pois fazem parte do nossa cultura.


Sem comentários:

Enviar um comentário

COMO PODES COMENTAR?

1º Escreve o teu comentário ou sugestão.
2º Identifica-te.
3º Selecciona o perfil "Anónimo".
4º Clica em "Enviar comentário"

Atenção: todos os comentários são moderados - não serão publicados os comentários ofensivos ou com erros ortográficos.