O Dia de Todos
os Santos é comemorado anualmente no dia 1 de novembro e honra todos
os santos conhecidos e desconhecidos, mártires e cristãos heróicos celebrados
ao longo do ano.
Neste dia é também celebrado (por antecipação) o dia
dos Fiéis Defuntos, que se celebra a
2 de novembro.
Origem da data
A origem do dia remonta ao século II, quando os
cristãos começaram a honrar os que tinham sido perseguidos e martirizados por
causa da sua fé. Foi o Papa Gregório III que no século VIII dedicou uma capela
em Roma a Todos os Santos e que ordenou que a data fosse celebrada a 1 de
novembro.
Tradições do Dia de Todos os Santos
Este dia é dedicado a homenagear todos os que já
partiram. Por norma, as famílias portuguesas enfeitam as campas dos seus
familiares nos cemitérios e ao longo do dia 1 de novembro visitam os cemitérios
para deixar ramos e velas nas campas. Antes da visita aos cemitérios
realizam-se missas nas paróquias. Depois da missa realiza-se uma procissão até
ao cemitério.
No dia 31 de outubro, véspera do dia de Todos os
Santos, existe a crença de que as almas dos mortos descem à terra nos locais de
nascimento. À noite festeja-se o Dia das Bruxas ou Halloween (nome pelo qual é
conhecida a noite das bruxas a nível mundial).
Feriado de Todos os Santos
O Dia de Todos os Santos é um feriado nacional.
Este dia deixou de ser um feriado nacional em 2013, mas o Governo retomou em
2016 o feriado do Dia de Todos os Santos, por acordo com Santa Sé.
Tradições
portuguesas do Dia de Todos os Santos
Em Portugal, no Dia de
Todos os Santos, era tradição , as crianças saírem à rua em
pequenos grupos para pedir o “Pão por Deus” de porta em porta. Recitavam versos
(“ Ó tia, dá Pão-por-Deus ? Se o não tem dê-lho Deus!” ou “ Ó tia
ó tia, bolinhos bolinhos em louvor de todos os santinhos”) e recebiam como
oferenda: pão, broas, bolos, romãs e frutos secos, nozes, amêndoas ou
castanhas, que colocavam dentro dos seus sacos de pano confeccionados com
retalhos de tecido.
Antigamente todas as pessoas iam pedir o “Pão por Deus”
porque havia muita pobreza e havia mesmo necessidade de pedir.
Normalmente as pessoas punham as mesas com o que tinham em casa (comida e bebida) e, quando chegavam os pobres, entravam e comiam à vontade e à saída ainda lhes davam mais alguma coisa.
Normalmente as pessoas punham as mesas com o que tinham em casa (comida e bebida) e, quando chegavam os pobres, entravam e comiam à vontade e à saída ainda lhes davam mais alguma coisa.
É também costume em algumas regiões, os padrinhos oferecerem
um bolo, o Santoro.
Em algumas povoações da zona centro e estremadura chama-se a
este dia o ‘Dia dos Bolinhos’ ou ‘Dia do Bolinho’. Os bolinhos típicos são
especialmente confecionados para este dia, sendo à base de farinha e erva doce
com mel (noutros locais leva batata doce e abóbora) e frutos secos como passas
e nozes. Nos Açores era costume colocar o primeiro pão da fornada à porta para
quem passa-se e tivesse fome levar.
Em 1756, também se cumpriu esta tradição, 1 ano após o
terremoto que destruiu Lisboa em 1º de Novembro de 1755 em que morreram
milhares de pessoas e a população da cidade – na sua maioria pobre – ainda mais
pobre ficou. A progressiva implementação do Halloween em
Portugal é uma ameaça à continuidade do “Pão-por-Deus” pois vem substituir as
tradicionais manifestações das tradições portuguesas que importa preservar pois
fazem parte do nossa cultura.
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