Os gatos, adorados por uns, odiados por outros, estão
por todo o lado e fazem parte do nosso quotidiano. Diz-se que os gatos foram
domesticados há cerca de 5 mil anos, mais ou menos quando o homem deixou de ser
nómada. Os egípcios foram os primeiros povos a ter admiração pelos gatos, sendo
alguns deles mumificados. Já na Idade Média, o Papa Inocêncio III declarou que
eles eram animais malignos e instrumentos do Diabo e assim, os gatos foram
associados ao mal e perseguidos. Já nos nossos dias, na Rússia, um dos museus de arte mais
famosos do mundo, Hermitage que fica em São Petersburgo é patrulhado por uma
equipa de gatos que tem como função evitar que as obras de arte sejam
estragadas pelos ratos. Desde o século XVIII, que dezenas de gatos, atualmente
cerca de 70, passeiam pelas salas e galerias do Hermitage à vista dos
visitantes do museu.
Tendo em conta a quantidade existente de provérbios e ditos populares, os
gatos não passaram despercebidos em nenhum país. Quem nunca ouviu dizer, por
exemplo: À noite todos os gatos são pardos/
Gato escaldado de água fria tem medo/
Quem não tem cão, caça com o gato/ Gato escondido com o rabo de fora? E
tantos, tantos outros. No entanto, na opinião de quem adora gatos, o melhor de
todos é: Cuidado com as pessoas que não
gostam de gatos.
A literatura e o cinema não escaparam ao encanto
destes seres. Na era do cinema mudo, Félix, o Gato, fez sucesso, com o seu
sorriso enorme. Seguiu-se Tom (personagem dos desenhos animados “Tom e Jerry”),
Sylvester e mais recentemente, em 1978, Garfield,
revela-se o mais manhoso, chato e preguiçoso
de todos os gatos, mas também o mais adorado por todos. Não podemos esquecer
ainda Bola de Neve, o gato de Lisa Simpson dos desenhos “Os Simpsons”. Na literatura,
temos o gato Cheshire, da história de “Alice no País das Maravilhas”, o
gato Malhado de Jorge Amado, Zorbas, o protagonista de “História de uma gaivota
e do gato que a ensinou a voar” ...
Outras artes e artistas se deixaram também influenciar por estes animais. Na
pintura, Salvador Dali, Henri Matisse, Picasso. Na música John Cage, Alberto
Ginastera, Frank Zappa. Deixo-vos com Rossini’s cat duet.
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