Recordar a infância nem sempre é um exercício fácil. Por vezes, há recordações que preferimos manter no sótão da nossa memória. São lembranças que, por razões várias, preferimos não lembrar. Haja em vista o que sentimos ao ver a nossa imagem refletida no espelho, com os inexoráveis sinais da passagem do tempo.
Mas há recordações e recordações. Recordar as leituras da minha infância só é difícil na medida em que muitas se varreram, com o passar dos anos, da minha memória. Contudo, muitas outras persistiram e continuo a recordá-las com a mais profunda saudade.
As minhas leituras de infância foram mais que muitas. Li de tudo um pouco: banda desenhada, policiais, romances históricos, biografias, etc. Mas de todas as leituras que preencheram a minha infância, permito-me destacar os livros de Júlio Verne, Enid Blyton, Agatha Christie e muitos outros.
Emílio Salgari - escritor italiano do século XIX - foi, no entanto, aquele que mais marcou os meus primeiros anos. Os seus livros, repletos de apaixonantes aventuras em cenários exóticos dos continentes africano e asiático, exerceram sobre mim um verdadeiro fascínio. Posso dizer, sem qualquer exagero, que os livros de Salgari foram determinantes no despertar da minha paixão pela Geografia.
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