LUÍSA TODI

Pintura de Élisabeth-Louise Vigée-Le Brun

  Luísa Rosa de Aguiar, nasceu em Setúbal, no dia 9 de janeiro de 1753, Luísa Todi, por casamento com o violinista Francesco Saverio Todi.

  Filha de um professor de música e instrumentista, pelo impulso dado pelo marido, tornou-se a mais famosa cantora lírica portuguesa e uma das mais famosas da Europa da sua época. Começou a sua carreira aos catorze anos, mas a partida, em 1777, para Londres, e depois para toda a Europa, deu-lhe a dimensão internacional que caracterizou a sua carreira.

  Convidada para a corte russa, entre 1784 e 1788, Luísa Todi foi admirada por Catarina II, a Grande, imperatriz iluminista que se correspondia com Voltaire, Diderot e Montesquieu,  que a nomeou professora de canto da princesa real, presenteando-a com jóias valiosas. Em reconhecimento, os Todi compõem a óprea Pollinia, dedicando-a à cazarina.

  De 1787 a 1789 viveru na corte de Frederico Guilherme II da Prússia, que, também, a acumulou de presentes e honras.

  Sabe-se que cantou no batizado de uma das filhas do rei D. João VII, necessitando de uma autorização especial, pois, ao contrário do resto da Europa, em Portugal, as mulheres ainda não podiam cantar em público...

  De regresso a Portugal, fica a viver no Porto, onde lhe morre o marido e começa a perder a visão. Em 1809, aquando do desastre da Ponte das Barcas, perde todas as suas jóias.

  Morre pobre e cega, em Lisboa, a 1 de outubro de 1833