Era uma vez, numa terra muito distante, um negociante de camelos que ganhava a vida a comprar e vender camelos. Numa noite fria o negociante montou o acampamento para se abrigar do frio. Lá fora os animais também iam dormir mas um deles começou a queixar-se que tinha frio e que não sentia o nariz. Então disse aos colegas que como o patrão estava quentinho ia meter lá o nariz. Os animais disseram-lhe para não fazer isso mas ele fez-lho.
Meteu lá o nariz, rasgou a tenda, acordou o patrão e suplicou-lhe para o deixar meter lá só o nariz e ele aceitou. Primeiro o nariz, depois a cabeça, depois as pernas e depois o corpo todo. Logo a seguir entraram também os outros e o patrão teve de fugir e dormir ao relento. Depois disse para ele mesmo que se não tivesse deixado o camelo meter o nariz ainda estaria dentro da tenda no quentinho.
Duarte Balester Mesquita Pereira
(Centro Escolar de Alvarães)
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