21/04/2014

AS FLORES E AS REVOLUÇÕES

Que terão em comum estas duas flores:








 

 
 
 
 
 
 
 
Na manhã do dia 9, o exército liberal pôs-se a caminho do Porto. Durante o percurso, os soldados encontraram, a bordejar os caminhos por onde desfilavam, uma flor muito vulgar no Norte e que ostentava, curiosamente, as cores azul e branca que D. Pedro, por decreto de 18 de outubro de 1830, dado em Angra do Heroísmo, havia adotado  para a bandeira. A essas flores, importadas do Extremo Oriente nos finais do século XVIII, uns davam o nome de hortênsias; outros, o de hidrângeas.
         Colhendo-as, os soldados enfiaram-nas nos canos das espingardas e assim, de forma triunfal, entraram no Porto. A hidrângea tornou-se, por isso, o símbolo do constitucionalismo. Das janelas da Rua de Cedofeita, por onde o exército libertador desfilou, depois de ter percorrido a antiga estrada para Barcelos, a actual Rua 9 de Julho, os soldados eram saudados pelas senhoras com lenços e fitas azuis e brancas.

Porto: viagem ao passado, Germano Silva

  

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