14/06/2014

NEM SÓ DE FUTEBOL...

   
   Em 1808, chegavam ao Brasil outro rei e uma rainha que fugiam das invasões francesas.


D. João VI
D. Carlota Joaquina
  
   No dia 29 de Novembro de 1807, pelas 7 da manhã, a nau Príncipe Real iniciou a viagem. Levava a bordo o príncipe regente, D. João, sua mãe, a rainha louca D. Maria I, e os dois herdeiros do trono, os príncipes D. Pedro e D. Miguel. (...)
   Mais quatro dezenas de barcos seguiam atrás da esquadra real. (...)    Entre 10 000 e 15 000 pessoas ...
   Os palácios reais de Mafra e Queluz foram evacuados à pressa. Criadas de quarto e pajens vararam noites trabalhando sem parar na retirada de tapetes, quadros e ornamentos das paredes. Centenas de bagagens contendo roupas, louças, faqueiros, jóias e objectos pessoais eram despachadas para as docas. No total, a caravana tinha mais de 700 carroças. A prata das igrejas e os 60 000 volumes da Biblioteca Real foram embalados e acomodados em quatorze carros puxados por mulas de carga. Em caixotes, o ouro, os diamantes e o dinheiro do tesouro real foram enviados para o cais sob escolta. (...)
   D. Maria, que estava louca e não era vista em público há muitos anos, recusou-se a sair da carruagem, obrigando o capitão da fragata real a carregá-la ao colo até ao navio. (...)
    ... D. João teve o cuidado de esvaziar os cofres do governo (...) embarcaram com o tesouro real cerca de 80 milhões de cruzados. (...) A bagagem real incluía também todos os arquivos da monarquia portuguesa.
    1808, Laurentino Gomes

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