05/02/2015

LUZES QUE SE TRANSFORMAM



  Esta coleção iluminou o imaginário de muitas gerações. A Ana, a Zé, o Júlio, o David e o inseparável Tim, os lanches, as aventuras, as férias, os acampamentos, a liberdade. tudo nos enchia horas e horas de leitura e de deslumbramento. Tempos de felicidade, sem preocupações.
  Mas...
  Ler livros, às vezes, traz dor e desilusão. Alice Vieira escreveu O mundo de Enid Blyton. Os depoimentos das filhas de Enid Blyton - Gillian e Ipogen - dão-nos um retrato muito diferente daquele dia a dia idílico dos Cinco, dos Sete, do Colégio de Santa Clara e do Nodi. Enid Blyton apenas se importava com o seu trabalho que lhe levava horas e horas.

  Só percebi que tinha mãe aos 5 anos, dirá muitas vezes.  (Imogen)

  Não há decerto nenhuma outra escritora como Enid Blyton, com uma vida pessoal tão oposta à que deixa transparecer nas suas obras.
  Totalmente alérgica à realidade, reinventou sempre a sua vida.

   Aos sábados de manhã, a minha irmã e eu íamos à sala receber a nossa mesada. Foi numa dessas manhãs que eu aprendi uma coisa nova. Foi uma coisa que uma das criadas disse e me fez perceber que a mulher, de cabelo escuro e encaracolado, e de olhos castanhos tão diferente do meu ar de rata de água, que me pagava tal e qual pagava ao pessoal, que governava a nossa casa, também era minha mãe.
  
  Custa, não custa. Uma LUZ que definhou...
  A BE empresta O mundo de Enid Blyton.

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