Portugal vivia pobrezinho mas honrado, naquele ano de 1961. O país estava a recompor-se da II Guerra Mundial, apesar de nela não ter tomado parte diretamente. Notava-se alguma modernidade, muito diferente do resto da Europa. Os grandes movimentos musicais e culturais ainda não tinham chegado. Mas, segundo se dizia, havia paz, mesmo que houvesse presos políticos e a liberdade fosse apenas uma palavra.
Naquele dia, 4 de fevereiro, o ataque do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) a uma esquadra de polícia, em Luanda, foi o começo do fim de um tempo e do Estado Novo. Nada ficou igual. E esse ano de 1961 ainda traria mais sobressaltos.
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