Com mãos se faz a paz se faz a
guerra
Com mãos
tudo se faz e se desfaz
Com mãos
se faz o poema ─ e são de terra.
Com mãos
se faz a guerra ─ e são a paz.
Com mãos
se rasga o mar. Com mãos se lavra.
Não são
de pedra estas casas mas
de mãos.
E estão no fruto e na palavra
as mãos
que são o canto e são as armas.
E
cravam-se no Tempo como farpas
as mãos
que vês nas coisas transformadas.
Folhas
que vão no vento: verdes harpas.
De mãos é
cada flor cada cidade.
Ninguém
pode vencer estas espadas:
nas tuas mãos começa a liberdade.
O canto e as armas
A Associação Portuguesa de Escritores atribuiu a Manuel Alegre o Prémio Vida Literária 2015/2016
Sem comentários:
Enviar um comentário
COMO PODES COMENTAR?
1º Escreve o teu comentário ou sugestão.
2º Identifica-te.
3º Selecciona o perfil "Anónimo".
4º Clica em "Enviar comentário"
Atenção: todos os comentários são moderados - não serão publicados os comentários ofensivos ou com erros ortográficos.