02/07/2016

CORES



   Quem nunca leu Ruben A.não sabe o que está a perder. Pode começar por este Cores (1960), pequenas ficções cada uma dedicada a uma cor.
  Para abrir o apetite, deixamos algumas passagens.

  Coitadas das Almoendras, sempre à espera do Verão para ver se na feira alguém olhava para elas e, depois de pouca discussão, as levava. Pareciam vacas humanas postas ao natural para melhor comodidade dos fregueses. Se uma delas casasse, as outras iriam todas com ela para uma trigamia.

  A transfusão de sangue tinha operado o seu milagre - realmente o sangue azul corria-lhe nas veias (...)
 A franca convalescença provara o bom resultado da transfusão. Estavam todos satisfeitos - (,,,) o fidalgo que arruinado dos pés à cabeça, ainda se aproveitara do seu sangue para arranjar uns cobres com a transfusão (...
  A ideia resultara em bem: encher-se de puro sangue azul para facilmente ser recebido em sociedade-

  Queria um sangue Parker com pergaminhos...

  A BE empresta

1 comentário:

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