30/04/2015

HITLER

 A 20 de abril de 1889 nascia na Áustria um dos grandes ditadores de sempre, Adolfo Hitler. Como todos os ditadores, aproveitou-se de um tempo de crise e de desânimo para conquistar um povo. Em 1933 tornou-se chanceler da Alemanha, começando a pôr em prática as ideias teorizadas em Mein Kampf, uma autobiografia e um programa ideológico, escrito em 1924, onde desenvolve as suas  teses racistas. 
 O que se seguiu, é demasiado conhecido, mas que nunca deve ser esquecido - a Segunda Guerra Mundial e milhões de mortos. Ainda hoje sofremos os efeitos dessa época tenebrosa.
 No dia 30 de abril de 1945, em Berlim, suicidou-se. Infelizmente, e incompreensivelmente, deixou seguidores. 



29/04/2015

BARCELONA

   Não sabemos se foi a viagem, 



 ou das Ramblas


 o que sabemos é que nada mais nos enviaram.
 Boa viagem!

 Última hora - estão com problemas de acesso à Internet.

28/04/2015

BARCELONA

¡Barcelona! Allá vamos  …



Hace mucho que estamos preparando cada detalle de este viaje.
Hace mucho que imaginamos la llegada de esta fecha.
Hace mucho... y, ahora nos cuesta creer que es HOY.
Las maletas están listas y, estamos a punto de marcharmos. Ha llegado el día de partir hacia BARCELONA.
Os invitamos a que nos acompañéis aquí, en el Blog. Intentaremos daros cuenta de lo que vamos haciendo, de lo que vamos aprendiendo y de cómo lo vamos pasando.
También os enseñaremos alguna foto, ¿vale?
Quedaos con nosotros y ¡Hasta pronto!




9º C, 10º, 11º e 12º

27/04/2015

PARA NÃO ESQUECERMOS


(1944-1992)


Ele ia de Santarém
a caminho de Lisboa
não sabia se ganhava
não sabia se perdia.
Ele ia de Santarém
para jogar a sua sorte
a caminho de Lisboa
em marcha de vida ou morte.
E dentro dele uma voz
todo o tempo lhe dizia:
Levar a carta a Garcia.
Ele ia de Santarém
todo de negro vestido
como um cavaleiro antigo
em cima do tanque verde
com o seu elmo e sua lança
ei-lo que avança e avança
ninguém o pode deter.
Ele ia de Santarém
para vencer ou morrer.
E em toda a estrada o ruído
da marcha do Capitão.
Eram lagartas rangendo
e mil cavalos correndo
contra o tempo sem sentido.
E aquela voz que dizia:
Levar a carta a Garcia.
Era um cavaleiro andante
no peito do Capitão.
E o pulsar do coração
de quem já tomou partido.
Ele ia de Santarém

todo de negro vestido.

                                         Manuel Alegre

Um homem da Liberdade


A data de hoje justifica que se recorde o encontro de dois homens de carácter que se admiravam mutuamente: Francisco Sousa Tavares e Salgueiro Maia. Encontro que é contado pelo jornalista António de Sousa Duarte, num livro que vale a pena ler: Salgueiro Maia, um homem da Liberdade.


"É neste momento que o advogado Francisco Sousa Tavares, a pedido de Salgueiro Maia, dirigindo-se à população, pedindo respeito pelos vencidos e anunciando a «libertação do jugo fascista». O ex-candidato no acto eleitoral de 1969 nas listas da depois extinta Comissão Eleitoral da Unidade Democrática trava aí uma amizade com o capitão Maia. Mais tarde, o velho democrata recordará:
«Era um militar de bravura inigualável, mas também extremamente sensato e um homem de coração. Maia era um chefe nato e dele emanava a força serena dos homens habituados a dominarem-se e, sendo preciso, a dominar os outros. Foi assim que Salgueiro Maia, com os seus homens, dos quais a maioria sem qualquer experiência e praticamente sem instrução de tiro, venceu na Revolução e virou a página da História de Portugal.
Dominou calmamente o terreiro do Paço, o tenente-coronel Ferrand de Almeida, dominou o brigadeiro (!!!) que se lhe quis opor e, pela calma fixa do seu olhar, dominou um a um os homens que receberam ordem para disparar sobre ele. No Carmo dominou tudo e todos: dominou a guarda, dominou o Governo, dominou os ministros que choravam, dominou a multidão, dominou o ódio colectivo dos que gritavam vingança. E dominou o tempo e a vitória que veio ter com ele, obediente e fascinada»" (página 115).

 (retirado de Rerum Natura, Abril de 2008)

26/04/2015

RESULTADOS DAS ELEIÇÕES

  O escrutínio dos resultados, com uma votação pela primeira vez mesmo livre, necessitava de meios, também, novos. Foi comprado o computador IBM 360, modelo 40, com 128 kbytes de memória..., que custou, a preços atuais, 185 mil euros. Nunca mais se voltou a contar tantos votos, pois nunca mais houve tantos eleitores a votar.

IBM 360, modelo 40

  Ainda segundo o Expresso, No dia seguinte, à tarde, ainda faltavam os votos de uma freguesia e ninguém conseguia encontrar o presidente da respetiva mesa. Ele acabou por chegar, em pessoa, ao Ministério da Justiça, em Lisboa. Trazia a urna ainda fechada e tinha deixado à porta ... o cavalo.



  O PS venceu a nível nacional, com 37,87%. Os resultados do distrito de Viana do Castelo podem ser consultados em resultados da RTP, canal único da época, onde ganhou o PPD com 36,02.
 
 Foram eleitos estes deputados, por Viana do Castelo:
 Abel Augusto de Almeida Carneiro, PPD
 António Joaquim da Silva Amado Leite de Castro, PPD
 António Roleira Marinho, PPD
 Alberto Oliveira e Silva, PS
 Manuel Alfredo Tito de Morais,  PS
 António Pereira de Castro Norton de Matos, CDS

 É pena que muitos prefiram, agora, ficar em casa, em vez de irem votar. O 25 de Abril, também, se fez para isto - exercermos o nosso direito de escolha, mesmo quando não tenhamos nenhum candidato preferido. Há sempre o voto em branco. Ficar em casa, não. 


25/04/2015

ELEIÇÕES PARA A ASSEMBLEIA CONSTITUINTE 1975

 Tudo estava preparado para este dia histórico. O papel para os boletins de voto veio da Suécia, 90 toneladas, uma oferta do primeiro ministro, Olof Palme. Os boletins foram distribuídos pela Polícia e pelo Exército, mas, na ilha do Corvo, tiveram de ser lançados de paraquedas por causa do mau tempo. As urnas de voto foram criadas inspiradas nas inglesas e mesmo as esferográficas e as cabines de voto foram alvo de atenções especiais. Em poucos meses foram feitos os novos cadernos eleitorais. A Comissão Nacional de Eleições explicava:
  Chegado à secção de voto, junta-se aos outros cidadãos eleitores numa bicha ordeira (...)
   como esta captada junto de uma secção de voto.


 O boletim de voto era este aqui reproduzido.




  Sugestão - aproveitem o feriado e, como o dia também não está convidativo, leiam ou releiam o episódio do dia das eleições, em A Morgadinha dos Canaviais, de Júlio Dinis, quando o Sr. Joãozinho das Perdizes, como bom dirigente local, dirige os seus homens para entregar o voto e o confronto com o Conselheiro. Tão atual...
 A BE empresta.

24/04/2015

CARTAZES

  Alguns dos cartazes usados na campanha para a eleição da Assembleia Constituinte.


             




                


          


       


                       


          




23/04/2015

DIA MUNDIAL DO LIVRO

 
Dale Edwin Murray, in O silêncio dos livros

 De novo um dia que não devia precisar de comemoração. Um livro é uma necessidade, logo, deveria ser usado diariamente, proporcionando-nos prazer, descanso e conforto.
 Hoje, nas turmas do 5º ano falámos da data e lemos excertos de O livro dos gatos, de T. S. Eliot; para os alunos do Ensino Especial, As gravatas do meu pai, Pedro Seromenho, foi o livro escolhido; no 10º A, juntámos as comemorações do 25 de Abril, as vivências dessa época e a poesia de Manuel Alegre.
  Aqui ficam alguns registos desta manhã.












PARTIDOS POLÍTICOS



PARTIDOS POLÍTICOS e COLIGAÇÕES
 ELEIÇÃO DA ASSEMBLEIA CONSTITUINTE DE
25 Abril 1975 ‰

PS- Partido Socialista ‰
PPD- Partido Popular Democrático ‰
PCP- Partido Comunista Português ‰
CDS- Partido do Centro Democrático Social ‰
MDP / CDE *- Movimento Democrático Português 
FSP *- Frente Socialista Popular ‰
MES *- Movimento de Esquerda Socialista ‰
UDP *- União Democrática Popular ‰
FEC *- Frente Eleitoral de Comunistas (Marxistas-Leninistas) ‰PPM- Partido Popular Monárquico ‰
PUP *- Partido de Unidade Popular ‰
LCI *- Liga Comunista Internacionalista

* - partidos já desaparecidos. Podem ser consultadas algumas informações sobre estas formações partidárias no excelente blogue de José Pacheco Pereira, EPHEMERA.

22/04/2015

ELEIÇÕES


 No dia 25 de abril de 1975, não só se comemorou o primeiro aniversário da Revolução, mas, conforme estava prometido no programa do MFA, realizaram-se as primeiras eleições livres para a Assembleia Constituinte. Depois do golpe de 11 de março, muitas forças políticas e militares tentaram adiar as eleições, mas tal não aconteceu. Como se pode ler no último número do Expresso:

  Naquele dia cumpria-se o sonho pelo qual tantos haviam lutado e sofrido ao longo de décadas. Uns foram presos e torturados. Outros viram-se forçados ao exílio. Outros ainda acabaram remetidos a duras condições de clandestinidade. O povo saía à rua como jamais voltou a acontecer numas eleições realizadas em Portugal. O triunfo era de todos. (...) A percentagem de votantes é avassaladora: 91,66%

21/04/2015

LETRA PARA UM HINO

 Neste tempo de Abril, nada melhor do que recorrer à poesia de Manuel Alegre. Este poema faz parte de O canto e as armas, de 1967, mas muito atual.


                                                                         «Porque, mudando-se a vida,
                                                                         se mudam os gostos dela»
                                                                         Camões, Babel e Sião, vv. 84-85


É possível falar sem um nó na garganta
é possível amar sem que venham proibir
é possível correr sem que seja fugir.
Se tens vontade de cantar não tenhas medo: canta.

É possível andar sem olhar para o chão
é possível viver sem que seja de rastos.
Os teus olhos nasceram para olhar os astros
se te apetece dizer não grita comigo: não.

É possível viver de outro modo. É
possível transformares em arma a tua mão.
É possível o amor. É possível o pão.
É possível viver de pé.

Não te deixes murchar. Não deixes que te domem.
É possível viver sem fingir que se vive.
É possível ser homem.
É possível ser livre livre.


20/04/2015

TROVA DO VENTO QUE PASSA

  Não se pode falar de Abril, não se pode comemorar o 25 de abril sem se recordar a Trova do vento que passa, cantada por Adriano Correia de Oliveira, com letra de Manuel Alegre e música de António Portugal.



  Letra atualíssima, pois, ainda hoje, esperamos que 
      
     há sempre alguém que resiste
     há sempre alguém que diz não.

  Podes ler este poema e outros da Praça da canção, de Manuel Alegre, que este ano comemora 50 anos da sua edição.
  A BE empresta.

19/04/2015

O FOTÓGRAFO E A RAPARIGA

 aqui tínhamos feito referência ao livro. Não percam a oportunidade de ouvir o autor a falar dele, na próxima 6ª feira, na Biblioteca Municipal, às 21.30.


 O Fotógrafo, Charles Dodgson (Lewis Carroll),  a Rapariga, Alice Liddell e a relação entre eles:

  As cartas que o Fotógrafo me enviou, redigidas na sua letra tão bonita, e não raro iluminadas por desenhos que ele amorosamente traçava, ofereciam-me mundos que bem mais tarde, e já na velhice, eu frequentaria em sonhos. Mas por ordem de minha Mãe toda essa papelada arderia num auto-de-fé incompreensível, ...

 Um livro a ler.

18/04/2015

A MORTE SAIU À RUA



    José Afonso, em 1972, lança o disco Eu vou ser como a toupeira, onde está incluída esta faixa, A morte saiu à rua, uma homenagem a José Dias Coelho, artista plástico, militante do Partido Comunista, morto pela PIDE, em dezembro de 1961






17/04/2015

ELIOT E OS GATOS OU OS GATOS DE ELIOT

  Um livro já é  bom. Mas juntar um livro a um musical e a um filme, ainda é melhor.
   Em 1939, T. S. Eliot escreveu 


com ilustrações, no original, do próprio Eliot, dedicado ao afilhado.
  Pois este mesmo livro, tornou-se o guião do musical Cats, de Andrew Lloyd Webber, com estreia em Londres, em 1981.


  A BE empresta.

16/04/2015

MOLLY BROWN

Molly Brown entrega ao Capitão Arthur Henry Rostron o prémio pelo resgate dos passageiros doTitanic.

  Como já referimos, Margareth Brown era uma das passageiras de 1ª classe do Titanic. Reproduzimos um excerto do livro Catástrofes e grandes desastres onde nos é narrada a odisseia desta mulher que permitiu que muitas vidas fossem poupadas:

   ... Molly Brown chamou a si toda a coragem e precipitou-se para o convés, mas em vez de pensar em si própria pôs-se a correr de um lado para outro a fim de ajudar mulheres e crianças a tomar lugar nos botes salva-vidas. (...) Apesar das circunstâncias aterradoras, Molly indignou-se ao verificar que o salva-vidas ia quase vazio. fartou-se de barafustar e como havia gente a nadar sem apoio, tentou convencer os homens dos remos a recolhê-las. (...) Os remadores recusaram, alegando que ali só boiavam cadáveres e afastaram-se. Então Molly forçou-os a deixar que as mulheres presentes também remassem para aquecerem os músculos e não morrerem enregeladas. Um dos homens insultou-a, então ela ameaçou empurrá-lo borda fora e acabou por conseguir o que queria.
 Quando finalmente o navio Carpathia se aproximou, recolheu grupos aterrorizados e desnorteados, que mal podia acreditar no que acontecera, mas no bote 6 não havia vítimas de hipotermia.
  (...)
  generosa como sempre, fez questão de pagar viagem aos sobreviventes que não tinham meios de regressar a casa ou para se dirigirem ao seu destino na América.

  Para mais pormenores sobre esta e outras catástrofes, a BE empresta o livro.

15/04/2015

OS SEGUROS E O TITANIC

  


  A apólice de seguro do Titanic garantia o pagamento de 5 milhões de dólares em caso de perda total do navio e foi celebrada no dia 30 de março de 1912, ou seja, 11 dias antes da viagem ter início. O valor da indemnização foi pago na totalidade pelas seguradoras 30 dias após o trágico naufrágio.
  A totalidade dos montantes pagos pelas seguradoras foi na época muito noticiada por ser alta, atingindo o valor de 26 milhões de dólares, o equivalente hoje a cerca de 2,9 mil milhões de dólares.
 Noticiou-se, por exemplo, o valor de vida do empresário John Borland Thayer que seguia a bordo do navio e que originou a indemnização mais alta da época, com um capital seguro de 50 000 dólares pago à sua mulher.
  (...)
  Outro caso, este algo bizarro, foi o de William Carter, passageiro sobrevivente, que apresentou uma reclamação de 5 000 dólares à seguradora pela perda do seu automóvel, de marca Renault, que se afundou com o Titanic. Foi a primeira vez que o sector segurador recebeu uma reclamação devido a uma colisão com um icebergue e pagou.
                                                                                  (cont.)
  

14/04/2015

TITANIC

   O livro 



relata-nos alguns alguns pormenores interessantes da viagem do Titanic. Nele, podemos ler:

  As primeiras pessoas a subir a bordo foram os passageiros da terceira classe, quase todos emigrantes, obrigatoriamente inspeccionados para se verificar se eram portadores de doenças que impedissem a entrada nos Estados Unidos da América, onde o controlo era muito rigoroso. Seguiram-se os de segunda classe e finalmente os de primeira entre os quais não faltavam milionários e celebridades como por exemplo o famoso americano Benjamim Gugenheim, o dono dos grandes armazéns Macy's de Nova Iorque, Isidoro Strauss, acompanhado pela mulher, Ida, o milionário americano John Jacob Astor e a mulher, um grande empresário de nome John Borland Thayer que (...), a condessa de Rhodes, actrizes de cinema, jornalistas e escritores (...) E uma milionária americana, Margareth Brown, conhecida por Molly que veio a dar muito que falar  (...). O dono do navio, que tencionava embarcar, cancelou a viagem à última hora.
  (...)
   No dia 14 de Abril à tarde, outros navios que circulavam no Atlântico Norte enviaram avisos sobre a existência de blocos de gelo no mar. O comandante não ficou especialmente preocupado porque acreditava que os icebergues não representavam perigo para os navios de grandes dimensões.
                                                                                  (cont.)

13/04/2015

ARTE POÉTICA

 José Jorge Letria também foi um dos cantores de intervenção, embora a voz não fosse das melhores.... Em 1972 gravou o disco Até ao pescoço, do qual aqui reproduzimos Arte poética, com letra de Hélia Correia.





                         Que o poema tenha carne
                         ossos vísceras destino
                         que seja pedra e alarme
                         ou mãos sujas de menino.
                         Que venha corpo e amante
                         e de amante seja irmão
                         que seja urgente e instante
                         como um instante de pão.

                         Só assim será poema
                         só assim terá razão
                         só assim te vale a pena
                         passá-lo de mão em mão.

                         Que seja rua ou ternura
                         tempestade ou manhã clara
                         seja arado e aventura
                         fábrica terra e seara.
                         Que traga rugas e vinho
                         berços máquinas luar
                         que faça um barco de pinho
                         e deite as armas ao mar.


                         Só assim será poema
                         só assim terá razão
                         só assim te vale a pena
                         passá-lo de mão em mão