14/09/2015

O OURO DE MIDAS

  O Homem sempre procurou, traiu e matou por causa do ouro. Mas, como se pode ler em Haja luz!, A ironia é que o ouro não serve para (quase) nada. De facto, é demasiado denso e demasiado macio para ser útil, mesmo como adereço.


  O paradoxo da inutilidade altamente desejável do ouro é reforçado pela conhecida história do Rei Midas (...): Sileno, um beberrão consumado - mas também respeitado tutor de Dioniso - vagueava, perdido pela Frígia, quando foi levado à presença do rei. Este, porém, acolheu-o com galharda hospitalidade. Grato pelos favores concedido ao mestre, Dioniso resolveu recompensar Midas, satisfazendo-lhe qualquer pedido que ele fizesse. A escolha recaiu no dom de transformar em ouro tudo em que tocasse. Não tardou muito para que Midas percebesse que tinha requerido uma sentença de morte(para si e todo o reino). Ao menor contacto, o vinho, a comida, até a sua filha se transformavam em inertes estátuas de ouro. Aflito, o rei recorreu novamente a Dioniso que, para o libertar de tal maldição, o mandou banhar-se no rio Pactolo. A história acaba bem. Midas voltou a ser um rei normal e as areias do rio ficaram auríferas.

Water Crane, Rei Midas com a filha

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