15/07/2016

FICAMOS POR AÍ

  Como o Sr. Hulot e Mr Bean, queremos ir de férias e dar-vos férias.






 São 6 anos de blogue, os dois últimos, diariamente. Precisamos de descanso e de repensar.
  Em setembro, regressamos.
  Divirtam-se.
  Leiam muito.

14/07/2016

AJUDAS

   Manter este blogue diariamente requer algum trabalho de pesquisa e muitas ajudas de outros blogues, programas de rádio, jornais, revistas, tv, artigos/sugestões que nos enviam, muita, muita leitura e, claro, uma boa memória.
   Já há algum tempo que pretendíamos referenciar algumas dessas fontes, embora, com regularidade, já o tivéssemos feito. Por uma ordem perfeitamente aleatória:

   Biblioteca e arquivo de José Pacheco Pereira 


Olhar Viana do Castelo
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   O Meu Quintal



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Ciberdúvidas - O portal de dúvidas da língua Portuguesa
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A cena do ódio


EXPRESSO                   PÚBLICO            JN        JL

VISÃO                     SÁBADO        NG


conversa.com
aqui

aqui

e, claro,

                                                        Resultado de imagem para wikipedia


13/07/2016

TEMPO, SILÊNCIO, SONHOS

De uma entrevista de George Steiner na Visão nº 1218.



  Mas há algo que me preocupa: os jovens não têm tempo... De ter tempo. Nunca a aceleração quase mecânica das rotinas vitais foi tão forte como hoje. E é preciso ter tempo para procurar tempo. E outra coisa: não há que ter medo do silêncio. O medo das crianças ao silêncio dá-me medo. Apenas o silêncio nos ensina a encontrar o essencial em nós.

  Estamos a matar os sonhos dos nossos filhos. Quando era criança, existia a possibilidade de cometer grandes erros. Quem não tiver a liberdade de errar na juventude, nunca sw tornará um ser humano completo e puro. Os erros e esperanças desfeitas ajudam-nos a completar o estágio adulto.

  Um professor que não deixa os seus alunos pensar em utopias e errar é um péssimo professor.

12/07/2016

MODIGLIANI



 Um pobre sem ter onde cair morto. Um desgraçado que de graça só tinha o chapéu, o fato de veludo "cotelé" que o acompanhou toda a vida, o lenço de seda vermelho e poucas ou nenhumas moedas nos bolsos... nunca conseguiu vender um quadro que fizesse!

 Assim nos descreve Cristina Carvalho o pintor Amadeo Modigliani, nascido em Livorno, no dia 12 de julho de 1884, no livro 



  Uma vida cheia de infelicidade, insucessos exageros. Só depois da sua morte, aos 36 anos, se tornou famoso e os seus quadros foram vendidos por grandes somas. Como este retrato da sua mulher, Jeanne Hebuterne (de chapéu) vendido por 42 milhões de dólares (não é o mais caro do pintor).


   Sobre o pintor, a sua obra, a sua vida, a sua relação com Picasso, com Amadeo Souza-Cardoso, o livro, podem conversar com Cristina Carvalho, na próxima 6ª feira, às 21.30, na Biblioteca Municipal.


09/07/2016

PREPARATIVOS DA ROMARIA





  Há meses que a Romaria da Senhora d' Agonia está a ser preparada. Podemos ver todos os preparativos de festas anteriores aqui.

08/07/2016

VENTURA TERRA

                                      Homenagem a Miguel Ventura Terra


  Hoje, às 18 horas, inauguração da exposição Venturaterra architecto, nos antigos Paços do Concelho. 

    Nascido em Seixas, a 14 de julho de 1886, o arquitecto Miguel Ventura Terra, vencedor por quatro vezes do Prémio Valmor, projectou, entre muitos outros: 

Santuário de Santa Luzia - 189

Hotel de Santa Luzia - 1900
Casa Ventura Terra - Lisboa - 1903
Casa Visconde Valmor - Lisboa - 1906
Palácio Mendonça - isboa - 1909

Prémio António Tomás Quartin - Lisboa - 1911

Uma exposição a não perder, até dia 31 de julho.

07/07/2016

ENGANOS

  Quantas vezes nos enganamos. Quantas vezes a persistência de alguém muda uma vida.


                                      

06/07/2016

QUERO IR À BOLA!

  A canção de Vitorino e o poema de Tossan no dia de paragem do país.





ODE AO FUTEBOL
Rectângulo verde, meio de sombra meio de sol
Vinte e dois em cuecas jogando futebol
Correndo, saltando, ziguezagueando ao som dum apito
Um homem magrito, também em cuecas
E mais dois carecas com uma bandeira
De cá para lá, de lá para cá
Bola ao centro, bola fora.
Fora o árbitro!
E a multidão, lá do peão
Gritava, berrava, gesticulava
E a bola coitada, rolava no verde
Rolava no pé, de cabeça em cabeça
A bola não perde, um minuto sequer
Zumbindo no ar como um besoiro,
Toda redonda, toda bonita
Vestida de coiro.
O árbitro corre, o árbitro apita
O público grita
Gooooolllllooooo!
Bola nas redes
Laranjadas, pirolitos,
Asneiras, palavrões
Damas frenéticas, gordas esqueléticas
esganiçadas aos gritos.
Todos à uma, todos ao um
Ao árbitro roubam o apito
Entra a guarda, entra a polícia
Os cavalos a correr, os senhores a esconder
Uma cabeça aqui, um pé acolá
Ancas, coxas, pernas, pé,
Cabeças no chão, cabeças de cavalo,
Cavalos sem cabeça, com os pés no ar
Fez-se em montão multidão.
E uma dama excitada, que era casada
Com um marinheiro distraído,
No meio da bancada que estava à cunha,
Tirou-lhe um olho, com a própria unha!
À unha, à unha!
Ânimos ao alto!
E no fim,
perdeu-se o campeonato!

(inspirado no programa de David Ferreira A contar)

05/07/2016

ABC MONTE DA OLA

  Quando ainda éramos uma C+S, mais pobres, mas muito felizes, apareceu o ABC Monte da Ola, em junho de 1990. O programa da Semana Cultural era intenso, como iria continuar a ser nos anos seguintes, com o culminar com a visita de Carlos Lopes.


  No ano letivo 90/91, o jornal é dirigido pelo Clube de Jornalismo da Escola, altera o grafismo, e assim vai continuar com regularidade durante alguns anos, com a participação efetiva dos alunos. Nasce a Gralha.


  Nova interrupção, nova equipa, novo grafismo e o jornal passou a revista Olas. A Gralha continuou a dar bicadas.


   De repente, tudo o vento levou. Passou um vendaval que tudo queria arrasar. Foi o jornal, foi a revista, mas a Gralha lá foi dando bicadas aqui e ali e, essa, não conseguiram calar...
  Agora é tudo facebook...

04/07/2016

IN MEMORIAM




   Elie Wiesel, setembro de 1928, 2 de julho de 2016.
   Prisioneiro dos campos de Auschwitz e Buchenwald.

   Para não esquecermos.
 

03/07/2016

VERÃO

 Para além da praia, de uma liberdade que não havia durante o resto do ano, o Verão significava "festas de garagem" - num espaço disponibilizado, garagem ou não, um gira-discos portátil, alguns discos e uma tarde de dança. Era assim no início dos anos 70. Recordávamos êxitos passados, também eles a recordar outros verões, como este tema famosíssimo, 1961, de Chubby Checker que se perpetuou:

  Come on! Let's twist again
  Like we did last summer
  Let's twist again
  Like we did last year


  Poucos se recordarão ainda da Radio Monte Carlo, que transmitia em francês, e que, durante anos, às 21 horas em ponto, tocava um outro êxito já com muitos anos nessa época - The Platters, Only you.


  Que este Verão seja mais um que fique para recordar.
  Divirtam-se!

02/07/2016

CORES



   Quem nunca leu Ruben A.não sabe o que está a perder. Pode começar por este Cores (1960), pequenas ficções cada uma dedicada a uma cor.
  Para abrir o apetite, deixamos algumas passagens.

  Coitadas das Almoendras, sempre à espera do Verão para ver se na feira alguém olhava para elas e, depois de pouca discussão, as levava. Pareciam vacas humanas postas ao natural para melhor comodidade dos fregueses. Se uma delas casasse, as outras iriam todas com ela para uma trigamia.

  A transfusão de sangue tinha operado o seu milagre - realmente o sangue azul corria-lhe nas veias (...)
 A franca convalescença provara o bom resultado da transfusão. Estavam todos satisfeitos - (,,,) o fidalgo que arruinado dos pés à cabeça, ainda se aproveitara do seu sangue para arranjar uns cobres com a transfusão (...
  A ideia resultara em bem: encher-se de puro sangue azul para facilmente ser recebido em sociedade-

  Queria um sangue Parker com pergaminhos...

  A BE empresta

01/07/2016

JULHO



Foi n'uma tarde de Julho

Foi n'uma tarde de Julho.
Conversávamos a medo,
- Receios de trair
Um tristíssimo segredo.

Sim, duvidávamos ambos:
Ele não sabia bem
Que o amava loucamente
Como nunca amei ninguém.
E eu não acreditava
Que era por mim que o seu olhar
De lágrimas se toldava...

Mas, a dúvida perdeu-se;
Falou alto o coração!
- E as nossas taças
Foram erguidas
Com infinita perturbação!

Os nossos braços
Formaram laços.

E, aos beijos, ébrios, tombámos;
- Cheios d'amor e de vinho!

(Uma suplica soava:)

«Agora... morre comigo,
Meu amor, meu amor... devagarinho!...»

António Botto, Canções