27/02/2017

SINAIS DOS TEMPOS

Ficámos tristes.

Livraria histórica do Porto com dias contados
O alfarrabista  Joaquim de Oliveira Almeida da Livraria Sousa & Almeida

Podem ler a notícia aqui.

25/02/2017

RAUL BRANDÃO

Afonso Cruz lê Raul Brandão.

No âmbito das comemorações dos 150 anos do nascimento de Raul Brandão, foi lançado um excelente site inteiramente dedicado ao escritor. Espreitem aqui.

23/02/2017

PERSONALIDADE+

Passaram 30 anos.
Zeca Afonso, sempre

Em 1987 o Zeca
pegou na trouxa e
zarpou e as águas
das fontes não se
calaram, nem
as ribeiras
choraram,
porque o Zeca
continuou
a cantar

Rui Pato
Médico e músico


20/02/2017

CONTORNOS DA PALAVRA

No âmbito da 8ª edição dos CONTORNOS DA PALAVRA, a EB 2,3/S do Monte da Ola vai receber diversas atividades:

- Alexandre Martins e Chico Pires - Eu, tu e um poema - Dia 20 de fevereiro, às 11H00
  Dirigido a alunos dos 9º e Secundário

- Xata – Projeto Teatral – Dia 21 de fevereiro, às 11H00
  Duração de 45 minutos
  Dirigido aos 7/8º anos – mínimo de 75 alunos

- David Machado – dia 22 de fevereiro, pelas 14H00
  Workshop de Escrita Criativa
  Dirigida a alunos do secundário e/ou 9º anos, com a duração de 3H00
  Máximo de 15 participantes.

- José Fanha e Daniel Completo - Dia 23 de fevereiro, às 11h00
  Dirigido aos 5º e 6º anos
  Máximo de 250 alunos (docentes que lecionam o 7º ano podem participar com as turmas, caso     estejam interessados) 

- Rui Ramos – Contador de Histórias - Dia 24 de fevereiro, às 11H00
  Dramatização: A engraçada História de uma Biblioteca abandonada
  Dirigido ao 5º ano



19/02/2017

SUGESTÃO DE CINEMA

Fevereiro é o mês dedicado ao papel fundamental dos afro-americanos na história dos EUA (Black History Month). Uma boa altura para ver Elementos Secretos. Baseado em factos reais, o filme conta a incrível história de Katherine Johnson, Dorothy Vaughn e Mary Jackson - mulheres afro-americanas brilhantes que trabalham na NASA e são os cérebros por trás de uma das maiores operações da história: o lançamento do astronauta John Glenn para a órbita.


15/02/2017

DAVID MACHADO


A Noite Repetida do Comandante do escritor português David Machado é um dos 29 contos incluídos na Best European Fiction 2017, uma antologia publicada pela editora americana Dalkey Archive Press desde 2010.


David Machado vai estar na BE, dia 22, a orientar uma oficina de escrita criativa, no âmbito dos Contornos da Palavra.

14/02/2017

LOVE IS IN THE AIR

Love Spoons

A tradição de esculpir e oferecer colheres em madeira começou no País de Gales entre os séculos XVI e XVII. Eram oferecidas como prova de amor, tal como nos nossos dias se oferece um ramo de flores, contudo, neste caso, a Love Spoon era mais duradoura…
A decoração das Love Spoons expressa diferentes significados, existindo uma interessante simbologia em cada colher. Assim, algumas das decorações mais  comuns como corações, chaves, fechaduras significam  amor eterno.
Em Vila do Conde, a autarquia promove a  Feira das Colheres de Pau que  pretende recriar uma tradição com mais de 300 anos. Como podemos ler aqui, nasceu de um alvará régio de D. Pedro II, a 5 de Setembro de 1704, por solicitação das gentes de Vila do Conde, e onde se instituía a 'Feira Franca de Santo Amaro', a realizar ao dia 20 de cada mês.
A "Feira dos Vinte" foi-se mantendo mas com o passar dos anos sofreu algumas alterações que a tornariam na "Feira dos Namorados", onde os jovens das terras limítrofes se deslocavam nos seus trajes de festa, levando colheres de pau que serviam de "suporte" para escrever versos e rimas às suas amadas.
Na feira não faltava o som das gaitas tocadas por músicos galegos e barracas onde se vendiam vinho, pão e figos.
Durante séculos a "Feira dos Namorados" foi o local privilegiado para os jovens encontrarem o seu "par ideal", mas actualmente resume-se apenas a venda de colheres de pau.
Segundo a tradição, os rapazes tinham que "roubar" a colher de pau que as raparigas traziam, oferecendo-a depois à jovem da sua escolha, que podia ser ou não a mesma que tinha sido "roubada".

Graças aos alunos do 3º ciclo e à colaboração preciosa das professoras de Educação Visual, a nossa escola, hoje, Dia de São Valentim está mais alegre e colorida. São as Love Spoons do Monte da Ola. Ora vejam:








13/02/2017

DIA MUNDIAL DA RÁDIO

Desde 2012 que se celebra o Dia Mundial da Rádio, instituído pela Unesco a 13 de fevereiro.
Nada melhor do que ouvir quem a faz tão bem. A crónica de Fernando Alves, no programa Sinais - Notas de uma longa dívida à Rádio, que podem ouvir aqui.


12/02/2017

IN MEMORIAM

Manuela Azevedo
1911-2017


A jornalista e escritora Manuela Azevedo morreu na sexta-feira, dia 10, no Hospital de São José, em Lisboa. Foi a primeira mulher a ter carteira de jornalista em Portugal. 
Tinha 105 anos e estava a trabalhar num livro com cerca de 200 cartas, segundo informação divulgada pela direção do Museu Nacional da Imprensa.

11/02/2017

EM NOME DO AMOR

Os habitantes com cadastro por furto da pequena cidade de Durham, no Reino Unido, vão receber um postal de São Valentim muito especial. A mensagem será " Passe o dia de São Valentim com quem ama e não connosco".  O remetente? A polícia local, claro. 



10/02/2017

FINALMENTE

CARREIRISMO
Após ter surripiado por três vezes a compota da despensa, seu pai admoestou-o.
Depois de ter roubado a caixa do senhor Esteves da mercearia da esquina, seu pai pô-lo na rua.
Voltou passados vinte e dois anos, com chofér fardado.
Era Director Geral das Polícias. Seu pai teve o enfarte.



CINEGÉTICA
Um caçador
perdeu a cedilha
e por isso
sua mulher
nunca mais
quis ir à caça
com ele
sem cedilha

Mário-Henrique Leiria, in Contos do Gin-Tonic, 1973


Saudamos a iniciativa da E-Primatur que acaba de publicar um conjunto de textos inéditos do poeta e pintor surrealista Mário-Henrique Leiria. A obra, Casos de Direito Galático e Outros Textos Esquecidos, tem notas de Mário Cesariny, desenhos de Cruzeiro Seixas e fotografias de João Freire. 

09/02/2017

VERDADE E NÃO FACTOS ALTERNATIVOS

                Ilustração de Victor Juhasz, Rolling Stone
Dizem os anti-anti-Trump que não se pode comparar Trump a Hitler, como têm feito os seus críticos mais insensatos. Claro que não pode. Não se pode comparar ninguém a Hitler, ninguém que não tenha praticado genocídios. Trump é demagogo, desonesto, autoritário, xenófobo, e vive bem com apoiantes violentos, mas isso não faz dele um Hitler. Não se pode comparar, têm-nos dito. E têm razão. O problema é esse: não se pode comparar Trump com ninguém, ou pelo menos com nenhum Presidente de que nos lembremos, porque nenhum era tão inexperiente, tão incompetente, tão descabido para a função. Trump é incomparável. Demasiado mau para ser verdade, é a verdade a que temos direito desde uma aziaga madrugada de Novembro.
Pedro Mexia, Expresso on-line aqui

08/02/2017

QUE BELO BOM DIA

Roubado, com a devida vénia, a um dos nossos blogues preferidos - De Rerum Natura

QUANDO MORRE UM VELHO, HÁ UMA “BIBLIOTECA” QUE SE FECHA PARA SEMPRE


A minha “biblioteca” é bem pequena, vale o que vale, mas é a minha e nela está o que a escola, os livros e a vida me ensinaram.

Tem sido e continua a ser meu propósito pôr cá fora o que puder, enquanto é tempo, enquanto as capacidades físicas e intelectuais o permitirem. Vou a caminho dos 86 anos em caminhadas rápidas para o “fim da linha”, situação que, aliás, encaro com toda a normalidade e me não perturba minimamente. Estou como o Prof. Agostinho da Silva, de quem fui amigo e com quem convivi nos últimos anos da sua vida, 

“Não corro como corria 
nem salto como saltava
mas vejo mais do que via
e sonho mais que sonhava”.

Acordo todos os dias com alegria de estar vivo e cheio de ideias para os viver. E entre essas ideias, as mais importantes são as que me trazem aqui ao computador e, digitando letra a letra, passá-las ao monitor, em Areal 16, a quem as quiser ler. 

Já o disse, em várias ocasiões, que nestas horas e nesta minha maneira de partilhar com os outros, não tenho idade, não tenho dores nem coronárias entupidas e esqueço os problemas, sempre muitos.

Pela experiência destes anos de participação regular e contínua em blogues e no Facebook, e pelos retornos que me chegam, verifico que esta minha maneira de continuar a exercer, à distância, a profissão que foi a minha, tem sido útil e dado satisfação a muita gente. Isto dá-me uma imensa compensação e faz com que todos os dias procure partilhar algo daquilo sei ou julgo saber, com a simplicidade e a humildade de quem soube caldear os elitismos do meio que frequentou, por mais de quarenta anos, com uma saudável ruralidade e a frontalidade que bebeu nos campos do Alentejo.

Bom dia a todos!

A. Galopim de Carvalho

07/02/2017

NG 191

À vossa espera na BE...

República Checa
Fiapos de geada decoram faias e abetos numa cumeeira dos Beskides Ocidentais. A faixa descontínua, parte do importante sistema ecológico das montanhas dos Cárpatos, estende-se também à Polónia e à Eslováquia.
Fotografia Jan Bainar





06/02/2017

PERSONALIDADE +

De Ana Soromenho,  no Expresso - Revista, desta semana.
      Autorretrato, José de Almada Negreiros

     Em agosto de 1934, José de Almada Negreiros e Sarah Afonso passam férias com amigos em Moledo do Minho. Almada, então com 41 anos casara-se nesse ano com a pintora de Viana do Castelo, que aos 15 anos viera para Lisboa estudar na Escola de Belas-Artes. Tal como Almada, Sarah passara uma temporada em Paris e, no regresso a Lisboa, entre as exposições e as tertúlias na Brasileira do Chiado, cruzara-se com esse artista complexo, seis anos mais velho do que ela, que dera que falar no minúsculo meio português e alcançara o estatudo de mais importante na sua geração.
     Sarah está grávida, o verão de 34 é um tempo convivial. Entre vários programas, decorre um tradicional arraial na praia, onde o artista, inspirado num episódio dessa época balnear – uma passeata de barco até à pequena ilha em frente à praia de Moledo que quase acaba em naufrágio – improvisa uma espécie de filme mudo. Numa sequência de 64 imagens em papel de seda iluminado por trás, apresentado como um ecrã de cinema, passam em traço fino e cheio de humor os veraneantes do grupo. Entre eles, o artista surrealista António Pedro e o próprio Almada, que não estava no passeio e se inscreve em autorretrato com a mulher e no guião da história trágico-cómica que resulta numa lanterna mágica.
     Esta obra singular, “O Naufrágio da Ínsua”, de carácter aparentemente efémero e feita num registo de brincadeira entre amigos, esteve guardada durante 83 anos na casa de família de um desses veraneantes com quem Almada e Sarah passaram férias e é agora pela primeira vez mostrada ao público como uma das peças mais significativas da exposição “José de Almada Negreiros: Uma Maneira de Ser Moderno”, que acaba de ser inaugurada na Fundação Calouste Gulbenkian. (…)

Correção nossa: a leitura do artigo pode induzir em erro sobre a cidade onde Sarah Afonso nasceu - Lisboa, 1899. Viveu em Viana até aos 14 anos. O pai, oficial do exército,  foi aqui colocado logo após o nascimento da pintora.

Sarah Afonso e Almada Negreiros, em Moledo, 1934




04/02/2017

03/02/2017

PARA SER LIDO MAIS TARDE


Um dia
quando já não vieres dizer-me Vem
jantar

quando já não tiveres dificuldade
em chegar ao puxador
da porta quando

já não vieres dizer-me Pai
vem ver os meus deveres

quando esta luz que trazes nos cabelos
já não escorrer nos papéis em que trabalho

para ti será o começo de tudo

Uma outra vida haverá talvez para os teus sonhos
um outro mundo acolherá talvez enfim a tua oferenda

Hás-de ter alguma impaciência enquanto falo
Ouvirás com encanto alguém que não conheço
nem talvez ainda exista neste instante

Mas para mim será já tão frio e já tão tarde

E nem mesmo uma lembrança amarga
ou doce ficará
desta hora redonda
em que ninguém repara

Mário Dionísio, O Silêncio Voluntário

02/02/2017

SMILE, PLEASE

Como brincam as crianças num campo de refugiados ou num lugar devastado pela guerra? Mark Neville descobriu, mas raramente encontrou um sorriso.

Campo de refugiados de Kakuma, Quénia, 2016

Dia de Natal em Helmand, Afeganistão, 2010

Campo de refugiados de Kakuma, Quénia, 2016

Kristine no dia seguinte a um bombardeamento na Ucrânia, 2016.