Bem-vindo ao Blogue da Biblioteca Escolar da Escola Básica e Secundária de Monte da Ola. Aqui poderás encontrar notícias sobre a atividade da nossa Biblioteca. Poderás, também, enviar sugestões, notícias ou comentários. Este espaço foi aberto para ti. Colabora, participando nele.
23/05/2012
QUERO SABER
Para além dos vulcões,
sabes como se faz um telhado de colmo?
como funciona uma banda gástrica?
foi uma flecha, no calcanhar, que matou Aquiles?
E muito mais no número de JUNHO, na Biblioteca, à tua espera.
09/05/2012
CLUBE DE LEITORES
Ema Felgueiras, aluna do 5º C, enviou-nos o seu comentário sobre dois livros que leu e nos recomenda.
Escolhi O Principezinho para leitura porque, há uns 2 anos, assisti à peça de teatro de La Féria, no Porto, e a personagem Principezinho era o
meu primo . Na altura, pouco entendi da historia. Só sei que falava da amizade
do principezinho pela flor e que se tinha aborrecido de a ouvir dizer que ela
era a única, tendo dado mais atenção à
representação do meu primo. Mesmo assim adorei!
Como tinha o livro em casa, a minha mãe achou que deveria lê-lo e assim foi.
Este
livro fala de um menino que vivia num planeta só seu, que passava os dias a
cuidar de dois vulcões e de uma flor.
Um dia resolve partir para conhecer
o mundo e fazer novos amigos. Visitou vários
planetas onde conheceu habitantes muito diferentes. No primeiro,havia um Rei
que vivia sozinho há muito tempo e ficou feliz quando o encontrou, pois agora
tinha alguém em quem mandar; no segundo planeta, conheceu um homem muito
vaidoso, que ficou contente por ter alguém que o admirava, o que era muito importante para ele, pois
gostava de ser reconhecido e apreciado.
No terceiro vivia um bêbado, e o
principezinho pouco tempo lá ficou, pois este era muito esquisito diz que bebia
para esquecer que tinha vergonha de beber. No quarto planeta tinha um homem de
negócios que vivia muito atarefado, que nem a cabeça levantou para responder, pois
estava a contar as estrelas, dizndoque as tinha comprado todas.
07/05/2012
CLUBE DE LEITORES
Na minha opinião, este livro é muito
interessante, por um lado porque retrata a história de um jovem à procura do
seu ideal - ser futebolista - descrevendo situações boas e más pelas quais ele
vai passar para conseguir o seu objetivo. Por outro lado, é educativo visto que,
ao longo da obra, pude verificar que o Miguel cometeu alguns erros que poderiam
ter sido evitados, soube reconhecê-los e pediu desculpa por eles.
Aconselho,
sem dúvida, a leitura deste livro a todos os adolescentes ou até jovens porque,
por vezes, agimos como o Miguel, não pensamos nas consequências que podem
surgir de alguns atos que cometemos.
Esta
obra é uma lição de vida para todos nós: “Quando erramos devemos reconhecer o
erro”.
Esta história reflete
problemas próprios de adolescentes ou jovens.
É
interessante porque todo o enredo se relaciona diretamente com a faixa etária
em que me insiro e com a qual me identifico. Nesta idade, por vezes, os
adolescentes e jovens agem de acordo com as suas aspirações, não levando em
conta aquilo que é correto perante a sociedade em que se inserem.
É
educativo porque o simples recordar de coisas passadas transformou a vida do
herói da história, Rodrigo. É, sem dúvida, a reflexão que nos permite, a nós
adolescentes ou jovens, seguirmos os caminhos mais indicados, pondo de parte
aquilo que apenas nos dá prazer num determinado momento.
João
Pedro Lourdes, 7º E
05/05/2012
DIA DA MÃE
De noite
ouvi barulho
na cozinha.
Levantei-me.
Fui ver.
A mãe passava a ferro
os calções que eu devia
levar à escola.
Sentada, mal podia
com o ferro. Longe
um galo nos dizia "O dia aí vai".
Esfrego os olhos estremunhado.
E a mãe:
- O que é, filho? Cuidado
não acordes o pai.
ouvi barulho
na cozinha.
Levantei-me.
Fui ver.
A mãe passava a ferro
os calções que eu devia
levar à escola.
Sentada, mal podia
com o ferro. Longe
um galo nos dizia "O dia aí vai".
Esfrego os olhos estremunhado.
E a mãe:
- O que é, filho? Cuidado
não acordes o pai.
Mário Castrim
04/05/2012
DIA DA MÃE
Enviado pela anónima que comentou a primeira mensagem:
Quando eu nasci,
ficou tudo como estava.
Nem homens cortaram veias,
nem o Sol escureceu,
nem houve Estrelas a mais…
Somente,
esquecida das dores,
a minha Mãe sorriu e agradeceu.
Quando eu nasci,
não houve nada de novo
senão eu.
As nuvens não se espantaram,
não enlouqueceu ninguém…
P’ra que o dia fosse enorme,
bastava
toda a ternura que olhava
nos olhos de minha Mãe…
Quando eu nasci,
ficou tudo como estava.
Nem homens cortaram veias,
nem o Sol escureceu,
nem houve Estrelas a mais…
Somente,
esquecida das dores,
a minha Mãe sorriu e agradeceu.
Quando eu nasci,
não houve nada de novo
senão eu.
As nuvens não se espantaram,
não enlouqueceu ninguém…
P’ra que o dia fosse enorme,
bastava
toda a ternura que olhava
nos olhos de minha Mãe…
Sebastião da Gama, Serra Mãe
03/05/2012
LIVROS E... GATOS
O nosso seguidor Henrique, grande apreciador de gatos e de livros, enviou-nos a referência ao blogue The literary cat.
Esperamos que quem gosta de gatos, fique a gostar mais de livros e quem gostar de livros ... pode ficar por aí...
DIA DA MÃE
Palavras para a minha Mãe
mãe, tenho pena. esperei sempre que entendesses
as palavras que nunca disse e os gestos que nunca fiz.
sei hoje que apenas esperei, mãe, e esperar não é suficiente.
pelas palavras que nunca disse, pelos gestos que me pediste
tanto e eu nunca fui capaz de fazer, quero pedir-te
desculpa, mãe, e sei que pedir desculpa não é suficiente.
às vezes, quero dizer-te tantas coisas que não consigo,
a fotografia em que estou ao teu colo é a fotografia
mais bonita que tenho, gosto de quando estás feliz.
lê isto: mãe, amo-te.
eu sei e tu sabes que poderei sempre fingir que não
escrevi estas palavras, sim, mãe, hei-de fingir que
não escrevi estas palavras, e tu hás-de fingir que não
as leste, somos assim, mãe, mas eu sei e tu sabes.
as palavras que nunca disse e os gestos que nunca fiz.
sei hoje que apenas esperei, mãe, e esperar não é suficiente.
pelas palavras que nunca disse, pelos gestos que me pediste
tanto e eu nunca fui capaz de fazer, quero pedir-te
desculpa, mãe, e sei que pedir desculpa não é suficiente.
às vezes, quero dizer-te tantas coisas que não consigo,
a fotografia em que estou ao teu colo é a fotografia
mais bonita que tenho, gosto de quando estás feliz.
lê isto: mãe, amo-te.
eu sei e tu sabes que poderei sempre fingir que não
escrevi estas palavras, sim, mãe, hei-de fingir que
não escrevi estas palavras, e tu hás-de fingir que não
as leste, somos assim, mãe, mas eu sei e tu sabes.
José Luís Peixoto, A casa, a escuridão
02/05/2012
DIA DA MÃE
No próximo domingo é DIA DA MÃE, pelo que começamos a publicar alguns textos, como este de Manuel Alegre. Queres enviar a tua escolha?
Rosas vermelhas
Nasci em Maio, o mês das rosas, diz-se. Talvez por isso eu fiz da rosa a minha flor, um símbolo, uma espécie de bandeira para mim mesmo.
E todos os anos,
quando chegava o mês de Maio, ou mais exactamente, no dia 12 de Maio, às dez e
um quarto da manhã (que foi a hora em que eu nasci), a minha mãe abria a porta do meu quarto,
acordava-me com um beijo e colocava numa jarra um ramo de rosas vermelhas, sem
palavras. Só as suas mãos, compondo as rosas, oficiavam nesse estranho silêncio
cheio de ritos e ternura.
Nesse tempo o Sol
nascia exactamente no meu quarto. Eu abria a janela. Em frente era o largo, a
velha árvore do largo dos ciganos. Quando chegava o mês de Maio, eu abria a
janela e ficava bêbado desse cheiro a fogueiras, carroças e ciganos. E
respirava o ar de todas as viagens, da minha janela, capital do mundo,
debruçado sobre o largo onde começavam todos os caminhos.
E tudo estava certo,
nesse tempo, ou, pelo menos, nada tinha o sabor do irremediável. (…)
E eu dormia poisado
sobre a eternidade, como se tudo estivesse certo para sempre, eu dormia com
muitos olhos, muitos gestos vigilantes sobre o meu sono. Por vezes tinha
pesadelos, acordava, inquieto, a meio da noite, qualquer coisa parecia querer
despedaçar-se e então exclamava:
- Mãe! (…)
Em Maio de 1963 eu
estava na cadeia. Por vezes, a meio da noite, um grito abalava as traves da
minha cabeça, direi mesmo da minha vida, e eu acordava suado, dolorido, como se
um rato (talvez o medo?) me roesse o estômago. E era inútil chamar. Onde ficara
essa voz que dantes vinha repor o sono no seu lugar, repondo a paz dentro de
mim? E as manhãs penduradas no mês de Maio, onde acordar era uma festa? Onde
ficara a ternura? Onde ficara a minha vida? (…)
Por isso, em Maio de
1963, eu estava na cadeia, isto é, de certo modo, eu estava no meu posto. No
dia 12 não acordei com o beijo de minha mãe.
Porém, nessa manhã
(não posso dizer ao certo porque não tinha relógio, mas talvez – quem sabe? -,
às dez e um quarto, que foi a hora em que eu nasci), o carcereiro abriu a porta
e entregou-me, já aberta, uma carta de minha mãe. E ao desdobrar as folhas que vinham dentro do sobrescrito
violado, a pétala vermelha, duma rosa vermelha, caiu, como uma lágrima de
sangue, no chão da minha cela.
Manuel Alegre, Praça da canção
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