31/01/2016

SCHUBERT


  Franz Schubert viveu apenas 32 anos, mas deixou-nos este Impromptu Op.90 nº 3 em Si maior,


 uma Ave Maria,


Serenade,


sinfonias, sonatas, canções, uma missa, ópera, marchas militares, (o que nos levou até esta surpresa)



 No dia do seu aniversário, ouçam-no.


30/01/2016

O PROFE DE PORTUGUÊS



  De entre os inúmeros artigos escritos estes dias sobre Vergílio Ferreira, este, de José Navarro de Andrade, publicado no blogue Delito de opinião, intitulado O profe de Português do 1º CC, turma G, impressionou-me. 
   Como se sentiria o escritor, nem sempre de trato fácil, naquele papel de professor, numa época conturbada, perante uma turma, perante uma tarefa que o martirizava? Que desespero sentiria?
  Vergílio Ferreira tinha, então, quase a idade que tenho hoje. Também estou à beira da reforma e não imagino, ou não quero imaginar, o que seria "arrastar-me" desta forma até ao dia em que poderei ir fazer outras coisas. Gosto muitíssimo do que faço, não é esforço, ainda, excepto se começar a pensar em certas ... reuniões...
  Incomodou-me. 

  À beira da reforma, o professor de português passava as aulas a olhar pela janela com supino enfado, enquanto tentávamos desbravar o texto que nos dera a ler – em silêncio! - durante a aula. Dúvidas? No fim. E no fim a campainha apanhava-o já à porta da sala, prestes a desaparecer por entre os plátanos do pátio sul do Camões. Nesse ano de 75 as classes passaram a ser mistas e, entre outras novidades igualmente truculentas, o ar andava denso de hormonas. De tal modo a paciência de Virgílio Ferreira se havia esgotado que nem para se mostrar descontente tinha disposição. Era uma sombra de meio-dia que só desejava não ser importunada pelos estados de alma da época. Valia-nos que não se armava em pedagogo, nem concedia que o admirassem, pelo que também lhe fazíamos o favor de não lhe ligar. Anos depois, ao ler a “Conta Corrente” pareceu-me detectar uma referência à nossa azougada turma, numa frase suspirada como um encolher de ombros, mas sem pez pejorativo. Na verdade, a distância que Virgílio Ferreira nos impunha, seria igual àquela que manteríamos em face de uma figura que sentíamos como imponente. Alguns de nós até haviam lido os seus romances.

Isabel Campos

29/01/2016

BERTHA BENZ

  Bertha Ringer nasceu em 1849 numa família rica. Casou , em 1872, com Karl Benz, tendo investido uma boa quantia de dinheiro na empresa que ele dirigia, antes do casamento. o que, depois de casada, não lhe seria legalmente permitido. 

  













  
  A firma Benz & Cie, em 1885, construiu o primeiro veículo que não era puxado por cavalos e que podia atingir uma velocidade de 40 Km por hora, que foi patenteado no dia 29 de janeiro de 1886.


 Bertha, sem nada dizer ao marido, e sem autorização das autoridades, acompanhada pelos dois dos seus filhos, de treze e quinze anos, em agosto de 1888, decide ir visitar a mãe, percorrendo a distância de 106 Km, entre Mannheim e Pforzheim, tornando-se o primeiro condutor a conduzir um automóvel numa viagem tão grande.
 Mais do que visitar a mãe, Bertha pretendia publicitar o carro, numa operação de marketing sem paralelo na história do automóvel.
 Como se deve calcular, a viagem foi recheada de peripécias. Desde a falta de combustível, resolvida numa farmácia, o recurso a uma liga para consertar a ignição, um ferreiro para reparar uma correia, um latoeiro para os travões, um gancho do chapéu para desentupir o tubo do combustível, a água, a pouca potência do carro que tinha de ser empurrado nas subidas, etc...
 Quando chegou a Pforzheim, enviou um telegrama ao marido e regressou uns dias depois. A viagem permitiu que, não só fossem revistos os equipamentos e feitas novas experiências e melhoramentos, mas, acima de tudo, provou que a publicidade e os testes de condução são importantíssimos para a venda de um carro.
 Bertha Benz morreu em 1944, várias vezes condecorada, personagem de livros e de séries. Em 2008 foi criado o Bertha Benz Memorial Route, um roteiro que permite reconstruir o trajeto seguido pela condutora.
  A marca Mercedes-Benz surge em junho de 1926, depois da fusão da firma de Karl Benz com a Daimler, fundada por Gottlieb Daimler.


  Porquê Mercedes? História interessante, também, que merece que façam uma pesquisa.

28/01/2016

VERGÍLIO FERREIRA



  Comemora-se o centenário do nascimento do escritor, ensaísta, professor Vergílio Ferreira, autor de vasta obra, considerado por muitos um dos nossos maiores, e, por outros, uma autor de feitio difícil, amargurado, sempre em "comparação" com Miguel Torga, sempre esperando pelo Nobel.
  O Jornal i, na comemoração dos 100 anos, dedica-lhe um longo texto de onde retiramos este excerto:
 A sua obra é perpassada por um agudíssimo sentido da falha humana, do absurdo da sua condição, mais do que um mal-estar, o desassossego - retomando o sentimento existencial de Pessoa cuja obra é companheira da sua na radical abertura que significou no nosso país - igualado por um ímpeto que o colocava do lado dos que não se contentam, dos que questionam furiosamente, convidam a crise a instalar-se no lugar das convicções.
Mais do que meras resistências, a sua postura fortemente crítica despertou-lhe ódios, com muitas das suas páginas a servirem de ajustes de contas.
   Para os mais novos, Vergílio Ferreira escreveu o conto A galinha, cheio de humor, que aqui reproduzimos.



  A BE empresta os seus livros.


27/01/2016

AS TREVAS DO HOLOCAUSTO

DIA INTERNACIONAL DAS VÍTIMAS DO HOLOCAUSTO
Não esqueceremos!





Orquestra de prisioneiros de Auschwitz


26/01/2016

QUEM TEM MEDO DE VIRGINIA WOOLF?



  O título sugere-nos um filme e a peça do dramaturgo americano Edward Albee, mas não é disso que vamos falar. O tema é escritora Virginia Woolf, o grupo de Bloomsbury, de que faziam parte artistas, críticos, escritores como E. M. Forster, o economista John Keynes e outros.
  Adeline Virginia Woolf nasceu a 25 de janeiro de 1882, escritora modernista, ficou conhecida pelas suas obras Mrs Dalloway, Orlando, Para o farol, as Ondas, etc.
  Graves problemas de saúde, talvez fosse considerada bipolar, nos nossos dias, suicidou-se em 1941. O excelente filme As horas, baseado no livro de Michael Cunninghan.
 
 
  Nos livros recomendados para o 5º ano, encontra-se A viúva e o papagaio, um conto desta autora.



  A BE empresta os livros aqui referidos.

25/01/2016

BOYLE

 Mantendo constante a temperatura, o volume de uma dada amostra de gás varia na razão inversa da sua pressão. (Infopédia



  Robert Boyle, físico e químico irlandês, percursor da Royal Society, autor da Lei de Boyle, nasceu faz hoje 389 anos. 
  Depois de ter estudado em Eton, viajou para Itália, numa viagem precursora do Grand Tour, onde ainda vivia Galileu.
Foi um dos fundadores da química moderna e do método científico. A ele devemos, entre outras, as descobertas do enxofre, o ponto de ebulição dos líquidos no vácuo, a acetona, o álcool metílico.

24/01/2016

BATATAS E O IMPERADOR

 Tudo o que nos rodeia tem uma origem, uma história. A batata não é exceção.


  Quem visita Sanssouci, no túmulo de Frederico II, O Grande, encontra batatas, em vez de flores. 

Maria Filomena Mónica, no seu último livro, A minha Europa, escreve sobre esta tradição, aliada à história da batata.


 O Imperador tivera consciência das possibilidades alimentares da batata, um tubérculo trazido da América do Sul para a Europa pelos espanhóis durante a segunda metade do século XVI. De início, os camponeses ofereceram resistência ao seu plantio. Quando, em 1774, o Imperador decretou que o povo a cultivasse, como forma de evitar as crises de subsistência, a cidade de Kolberg respondeu-lhe: «Estes produtos nem têm cheiro nem sabor, nem mesmo os cães as querem comer, de forma que não conseguimos ver o uso que eles possam retirar.» Frederico II não se ficou. Plantou uma importante quantidade de batata numa courela, colocando guardas à volta. Os camponeses concluíram que, se uma coisa estava protegida contra o roubo era boa pelo que, de noite, começaram a entrar na propriedade imperial a fim de roubar as batatas que acabariam por cultivar.

 Frederico II nasceu a 24 de janeiro de 1712.

23/01/2016

AMORES DE ESTUDANTE




 Médico dermatologista, o primeiro em Portugal, percursor da educação sexual nas escolas, nasceu em 24 de fevereiro de 1915.  Não ficou conhecido por nada do que até aqui foi escrito. Na verdade, o seu nome é desconhecido da maior parte das pessoas - Aureliano da Fonseca - mas, se ouvirem esta música, os mais velhos, reconhecem-na imediatamente.


  Em 1937, propondo-se reactivar o Orfeão Universitário do Porto. criou. com Paulo Pombo de Carvalho, o hino da academia, Amores de estudante, que, durante gerações, até hoje, faz cantar e emocionar toda uma academia.  (Podem consultar aqui a letra.)
  Morreu no domingo passado, dia 17, aos 100 anos, sempre ativo, pelo que gostava de dizer: Uma coisa é caminharmos na vida porque gostamos, outra é porque somos obrigados.
  Como dermatologista, afirmava: As mulheres duvidam do que os homens dizem mas acreditam em tudo o que a cosmética diz.

22/01/2016

BYRON

  

 Entre 1809 e 1811, Lord Byron viajou pelo sul da Europa daí resultando o longo poema Peregrinação de Childe Harold. Num tom autobiográfico, Byron, ou melhor, Childe Harold, que, cansado da vida que tem levado,  lamenta o tempo perdido na juventude, reavalia a sua vida, iniciando uma peregrinação para reflectir.
 Portugal faz parte do seu itinerário, tendo Sintra impressionado muitíssimo Byron, como romântico que era.


  Dessa estadia, de 7 a 17 de julho de 1809, durante a ocupação francesa, visitou Lisboa, Sintra e Mafra. Tinha 21 anos. Viaja com o amigo John Hobhouse e três criados. A opinião sobre os portugueses não era a melhor, como se pode ler neste excerto que escreveu ao amigo Francis Hodgson, na véspera da sua partida:

Lisboa, 16 de Julho de 1809
   Até ao momento temos seguido a nossa rota, e visto todo o tipo de panorâmicas maravilhosas, palácios, conventos &c., - o que, estando para ser contado na próxima obra, Book of Travels, do meu amigo Hobhouse eu não anteciparei transmitindo-lhe qualquer relato de uma maneira privada e clandestina. Devo apenas observar que a vila de Cintra, na Estremadura, é talvez a mais bela do mundo.
 Sinto-me muito feliz aqui, porque adoro laranjas, e falo um latim macarrónico com os monges, que o compreendem, uma vez que é como o deles, - e frequento a sociedade (com as minhas pistolas de bolso), e nado ao longo do Tejo, e monto em burros ou mulas, e digo palavrões em Português, e sou mordido pelos mosquitos. Mas quê? Aqueles que efectuam digressões não devem esperar conforto.
   Quando os portugueses são pertinazes, eu digo 'Carracho!' - a grande praga dos fidalgos, que muito bem ocupa o lugar de 'Damme!' - e quando fico aborrecido com o meu vizinho declaro-o 'Ambra di merdo' [por 'Homem de merda' ?]. Com estas duas frases, e uma terceira, 'Avra bouro' [por 'Arre burro' ?], que significa 'Get an ass' ['Arranja um burro' ...!?!, obviamente uma tradução incorrecta.], sou universalmente reconhecido como pessoa de categoria e mestre em línguas. Quão alegremente vivemos sendo viajantes! - se tivermos comida e vestuário. Mas, em sóbria tristeza, qualquer coisa é melhor do que Inglaterra e eu estou infinitamente divertido com a minha peregrinação, até ao momento.
    (...)
 Hodgson! Envia-me as novidades, e as mortes e as derrotas e crimes capitais e as desgraças dos amigos; e dá-nos conta das questões literárias, e das controvérsias e das críticas. Tudo isto será agradável - 'Suave mari magno, &c.'. A propósito, tenho andado enjoado e farto do mar. Adieu.

  Lord Byron nasceu no dia 22 de janeiro de 1788.

21/01/2016

A SALA DE AULA

 A Fundação Francisco Manuel dos Santos, mais uma vez, ofereceu-nos uma quantidade boa dos títulos publicados da coleção Ensaios da Fundação.
 
 
  Entre eles, A sala de aula, o desassombro peculiar da visão de Maria Filomena Mónica que, na contracapa, escreve:
  Em 1974, perdemos a oportunidade de oiro de reformar a escola. Seja como for, continuo a pensar que, se queremos uma escola pública decente, temos de lutar por uma sociedade mais justa. Mantendo-se tudo como está, as escolas dos pobres serão inevitavelmente guetos de onde é difícil sair e as dos ricos aquários onde os meninos só vêem uma parte do mundo. Continuo a acreditar que, se as escolas públicas forem boas, os filhos dos pobres poderão, até certo ponto, sair do círculo de miséria em que estão encerrados. Sem ceder a «facilitismos», um termo que nasceu com a democracia.

20/01/2016

DON SEBASTIEN, ROI DE PORTUGAL

                                       
 O Desejado, o Encoberto, o que levou o reino ao desastre de Alcácer Quibir e ao interregno da independência, D. Sebastião, nasceu a 20 de janeiro de 1554. O mito do seu desaparecimento percorreu séculos, sendo tema de livros, peças de teatro, filmes e de uma ópera, de que aqui reproduzimos um excerto.
 Donizetti, a partir de um libreto de Eugène Scribe, baseado numa peça de Paul Foucher, compôs a ópera Dom Sebastien, roi de Portugal, com estreia a 9 de novembro de 1838.

  Ainda hoje, há quem espere por um D. Sebastião qualquer que irá resolver todos os problemas, mas, como diz Manuel Alegre, É preciso enterrar el-rei Sebastião.
  Abaixo el-rei Sebastião

  É preciso enterrar el-rei Sebastião
  é preciso dizer a toda a gente
  que o Desejado já não pode vir.
  É preciso quebrar na ideia e na canção
  a guitarra fantástica e doente
  que alguém trouxe de Alcácer Quibir.

  Eu digo que está morto.
  Deixai em paz el-rei Sebastião
  deixai-o no desastre e na loucura.
  Sem precisarmos de sair o porto
  temos aqui à mão
  a terra da aventura.

  Vós que trazeis por dentro
  de cada gesto
  uma cansada humilhação
  deixai falar na vossa voz a voz do vento
  cantai em tom de grito e de protesto
  matai dentro de vós el-rei Sebastião.

  Quem vai tocar a rebate
  os sinos de Portugal?
  Poeta: é tempo de um punhal
  por dentro da canção.
  Que é preciso bater em quem nos bate
  é preciso enterrar el-rei Sebastião.                         

19/01/2016

SENS 'UP

  Até ao dia 22 deste mês, podem ver a exposição Sens'up, numa parceria com a Associação Íris Inclusiva, constituída por trabalhos realizados pelos alunos das Escolas de Alvarães, Cabedelo, Chafé, Subportela, Vila Franca, Vila Fria e Vila Nova de Anha, no ano letivo passado.


 
  As boas vindas são dadas por estas duas simpáticas personagens, Ana e Gogo, e com elas Faz-se luz!

 
 
 









18/01/2016

O CANTO DAS SEREIAS


John Waterhouse, Ulisses e as Sereias

 Homero, na Odisseia, conta-nos que Ulisses tinha sido avisado que, no regresso a casa, teria de ter cuidado com o canto das sereias que iriam ser a sua predição, pelo que deveria tapar os ouvidos quando passasse perto da Ilha de Capri, onde habitavam as Sereias.
 Curioso e, acima de tudo, aventureiro, Ulisses não resistiu à tentação de testar a sua própria vontade e força. Ordenou aos marinheiros que tapassem os ouvidos com cera e que o atassem ao mastro, mas sem os ouvidos tapados. 
  Quando chegou perto da ilha, começou a ouvir os cantos maviosos das Sereias, não lhe conseguindo resistir. Gritou, pediu, ordenou, implorou que o soltassem, mas, como os seus homens não o podiam ouvir, Ulisses não pode atirar-se à água e nadar para a ilha, sendo o único homem a sobreviver depois de ouvir o canto das sereias.
  Hoje, nestes tempos em que tudo vale, temos também de "tapar" os ouvidos a quem nos quer enganar, a quem nos elogia à espera de um proveito, de quem nos quer atrair com o canto da sereia.

17/01/2016

BOM DIA!!

  Quando entramos num estabelecimento, num elevador, numa sala de espera e dizemos: Bom dia!, alguns respondem, outros murmuram e outros ignoram-nos com ar  de: Conheço-o de algum lado? O hábito de saudar está em desuso, ao contrário do simpático uso dos nossos vizinhos galegos.
   David Rodrigues, no seu último livro de poemas, Estes cantares fez & som escarnhos d' ora, retrata muito bem esta situação:

  a sala de espera do laboratório
  encontrava-se repleta de utentes

  parei pois à entrada e os presentes

  saudei com um delicado bondia

  ninguém correspondeu à saudação

  enganei-me pensei ou fui enganado

  dirigi-me de imediato ao balcão

  de atendimento e desculpe-me menina

  a sala que há instantes me indicou

  é destinada apenas a surdos-mudos

  Vá lá, não custa nada!






16/01/2016

HOTEL LOCARNO




 Na próxima sessão de  À Conversa com..., na Biblioteca Municipal de Viana do Castelo, na próxima 6ª feira, dia 22, às 21.30, António Mega Ferreira irá falar sobre o seu Hotel Locarno.
  Treze contos que vão de um Rio Bravo a lembrar-nos John Wayne; Laura ou a conferência do Norteem que com os anos, fora acrescentando ao esqueleto da conferência algumas citações e referências, ..., que quase era capaz de propaguear quarenta e cinco minutos de generalidades interessantes sem esforço de maior. A fórmula já resultara em outras latitudes...; um cônsul que se torna «um espelho de futuro» no conto O cheiro de Jenipapo; ou, a irónica relação entre Madalena e Marcelo, em Repousa em paz; ou...

15/01/2016

NOVIDADES

Tanto para escolher! Tanto para ler! E não estão todos...

    Em aqui, podem ler uma crítica ou um resumo.



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